Arte/Roteiro: Victor Reis
Formato: Webcomic
Onde ler/Publicação: Tapas
Episódios: 1
Gênero: Aventura
Língua: Português
Blog do autor: Reishit
Classificação: 
Sinopse
“É confuso, barulhento, complexo e sujo! Green Slimes é um power trio de punk rock extraterrestre em uma turnê universal. A banda é formada pelos alienígenas: TheBIG (vocal e guitarra), Boo (baixo) e Krug (bateria e percussão).” - Autor
Resenha
Ultimamente tenho voltado minha atenção para quadrinhos nacionais sejam físicos ou virtuais (webcomics) e estou encontrando muito trabalho interessante. Um deles é o trabalho do Victor Reis que possui belos desenhos e uma importante abordagem crítica social. Quando li a sinopse, tive a impressão que iria ler uma história voltada para a "zueira". O que me surpreendeu e me deixou feliz foi saber que misturando elementos de ficção científica, com referências de rock, a história mostra uma revolução social que é despertada por extraterrestres e que automaticamente o governo enxerga como uma afronta e um perigo.
“Loucura é repetir as mesmas coisas todos os dias e esperar que um dia elas mudem”.
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| Página de Green Slimes, por Victor Moura. |
Em Green Slimes, três alienígenas punk rock em sua turnê espacial, chegam na Terra e não se importam com o alvoroço que estão fazendo. O objetivo deles é um só: usar a música como um protesto, um ataque ao sistema. Vi aí uma coisa bem legal… Subentende-se que em qualquer parte desse Universo, seja no lugar de onde o trio veio ou qualquer outro planeta habitado por aí, há um sistema governamental falho, corrupto e desonesto. Há ainda uma satirização à mídia sensacionalista e do político influente que tem o poder nas mãos para mandar e desmandar, seja dentro ou fora da lei. A webcomic faz até sua própria versão das manifestações de 2013. A banda meio que compra a causa do povo e começa a reivindicar os direitos e questionar a situação com a sociedade e a partir daí, eles são perseguidos e vistos como os causadores do distúrbio.
A aparência dos personagens TheBIG, Boo e Krug (os aliens protagonistas) são incríveis. Cada um com suas características bizarras e ao mesmo são tão humanos seja nas atitudes ou no estilo que parece misturar Ramones com The Clash. Como quase toda a história se passa aqui na Terra, pouco do espaço vemos e os quadros que focam na manifestação lembram cartoons e não suavizam a mensagem que o autor quer passar. Além disso, as referências e a crítica é clara para a situação no Brasil. Achei que Green Slimes é um tipo de história que foi tão bem resolvida na narrativa, que talvez o autor não faça uma continuação. Mas, espero que a turnê intergalática continue, com novas aventuras do trio explorando outras civilizações por aí. Para quem quiser uma leitura leve, rápida, interessante e divertida: leia Green Slimes!
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