Resenha : O Clube do Filme | David Gilmour

 
                                                               Título: O clube do Filme   
                                                                Autor: David Gilmour
                                                                Editora: Intrínseca
                                                                Número de páginas: 240
                                                               Classificação:




   Sinopse:


   Eram tempos difíceis para David Gilmour: sem trabalho fixo, com o dinheiro curto e o filho querido, aos 15 anos, infeliz e totalmente fracassado como aluno do ensino médio. A derrota, o desinteresse do estudante e o tempo livre de Gilmour motivaram uma oferta fora dos padrões: o garoto poderia parar de estudar, desde que assistisse semanalmente a três filmes escolhidos por ele, o pai.
   Juntos formaram, então o Clube do Filme. Semana a semana, pai e filho viam e discutiam o melhor (e, ocasionalmente, o pior) do cinema: de A Doce Vida a Instinto Selvagem, de Os Reis do Iê, Iê, Iê a O Ilmuniado, de O Poderoso Chefão a Amores Expressos. Em um momento em que um pai geralmente encontra fechadas as portas para o universo interior de um filho adolescente, essas sessões os mantinham em constante diálogo - sobre mulheres, música, dor de cotovelo, trabalho, drogas, amor, amizade. E à medida que O clube do filme caminha para um desfecho agridoce, porém inevitável, o rapaz toma uma decisão que surpreende até o pai.
   Este é um livro que mexe com nossas opiniões e ideias sobre ínculos familiares, bem ou mal resolvidos, ao mesmo tempo que encanta com o fascínio do cinema e o poder do afeto. David Gilmour, crítico de cinema e escritor premiado, oferece uma visão singular de filmes, roteiros, diretores e atores inesquecíveis, ao narrar, com o olho clínico e irresistível sinceridade, essa extraordinária vivência. Seu relato emociona por mostrar, lado a lado, a descoberta da vida adulta pelos olhos de um jovem e os dilemas da adolescência administrados por um pai muito presente.
   Nas palavras do autor: "É um exemplo do que o cinema é capaz, de como os filmes podem vencer suas defesas e realmente atingir seu coração."


   Resenha:

   Jesse é um garoto de 15 anos que está levando bomba em praticamente todas as matérias da escola. Como a mãe não sabe o que fazer, envia o filho para morar com o pai durante o período difícil. Seu pai, que está numa fase ruim de trabalho e com tempo livre, propõe ao filho que largue os estudos, desde que assista e discuta três filmes por semana, e que se mantenha longe das drogas. A partir destas discussões, o pai pretende ensinar lições de vida ao seu filho. 
   O garoto parece ter herdado do pai o gosto por mulheres que acabam o desprezando, o que o faz muito sentimental. Me incomodou bastante o fato de ele sempre compreender as atitudes do filho, inclusive nos momentos em que ele usou cocaína.
 
   Com o tanto de filmes bons que eles assistiram, acho que o livro poderia render umas mil páginas, mas a impressão que dá é que o autor julga o leitor como um adolescente desinteressado, e nos deixa querendo saber muito mais.
   
    Tem passagens muito boas, como por exemplo, quando o pai filosofa sobre o desejo:
    "Eu não queria exagerar no elogio comparando Loucuras de Verão a Marcel Proust, mas de que outra maneira se pode entender aquela garota bonita no Thunderbird, que toda a hora aparece e desaparece do campo de visão de Dreyfuss, senão como um exemplo da reflexão proustiana de que o desejo e a posse são mutuamente excludentes, já que para aquela garota continuar sendo a garota ela precisa estar sempre fugindo?" 

   Em resumo, apesar de eu não ter apreciado muito o livro, sou da opinião que a gente sempre aprende algumas coisa. Neste caso, aprendi que arte não é apenas incidental. Reflexão interessante!
                                                            Onde comprar:  Livraria Cultura | Livraria Saraiva

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