Título: O Pacto
Autora: Joe Hill
Editora: Arqueiro
Número de páginas: 317
Classificação: ★★★★
– Sinopse –
Ignatius Perrish sempre foi
um homem bom. Tinha uma família unida e privilegiada, um irmão que era seu
grande companheiro, um amigo inseparável e, muito cedo, conheceu Merrin, o amor
de sua vida. Até que uma tragédia põe fim a toda essa felicidade: Merrin é
estuprada e morta e ele passa a ser o principal suspeito. Embora não haja
evidências que o incriminem, também não há nada que prove sua inocência. Todos
na cidade acreditam que ele é um monstro.
Um ano depois, Ig acorda de uma bebedeira
com uma dor de cabeça infernal e chifres crescendo em suas têmporas. Descobre
também algo assustador: ao vê-lo, as pessoas não reagem com espanto e horror,
como seria de esperar. Em vez disso, entram numa espécie de transe e revelam
seus pecados mais inconfessáveis.
Um médico, o padre, seus pais e até sua
querida avó, ninguém está imune a Ig. E todos estão contra ele. Porém, a mais
dolorosa das confissões é a de seu irmão, que sempre soube quem era o assassino
de Merrin, mas não podia contar a verdade. Até agora. Sozinho, sem ter aonde ir
ou a quem recorrer, Ig vai descobrir que, quando as pessoas que você ama lhe
viram as costas e sua vida se torna um inferno, ser o diabo não é tão mau
assim.
– Resenha –
Joe
Hill era um dos autores que eu queria ler a um bom tempo. Além de Fantasmas do Século XXI – que infelizmente não gostei, talvez por se tratar de contos –, ele escreveu O Pacto e A Estrada
Noite, que chamou minha atenção e me fez querer imediatamente ambos.
Porém, com todo o preconceito de meu pai com o nome e a capa, não tive como
comprar... até a Bienal do Rio.
O livro conta em 50 capítulos a estória de
Ig Perrish, um bom samaritano que se vê acusado de matar sua mulher. Um ano após
a tragédia, o caso policial está sem pistas que possam inocentá-lo ou acusá-lo,
porém, toda a cidade o culpa e muitos desejam a sua morte.
Numa noite de bebedeira, Ig acorda com
chifres. As pessoas a seu redor passam a falar seus segredos mais escandalosos,
esquecendo-se o que quer que tenham lhe contado, além d’ele conseguir persuadir
a todos a fazer o que ele quer... ou quase todos.
Os chifres se tornam parte dele. E não só os
chifres, como outras habilidades “demoníacas” começam a se desenvolver junto à
nova personalidade de Ig. Além de todo o processo de aceitação de ser o diabo
em pessoa, ele ainda tem que lidar com o fato de que o irmão sabia quem era o
verdadeiro assassino de Merrin e nunca contou a ninguém, até agora.
O Pacto é um livro que fala sobre a nossa
crença e fé em Deus. Ele julga os nossos atos diante das pessoas. É correto
dizer que só porque achamos ter boas atitudes, estamos sendo certos? Qual seria
o verdadeiro certo?
É um bom livro para passar o tempo, dar boas
risadas – pelo menos no começo – e ficar um pouco triste ao ver o final, apesar
de ser um pouco confuso nas últimas 20 ou 30 páginas. Descobrimos que o autor –
filho de Stephen King – pode ser tão cruel no final quanto o seu pai em suas
obras (pelo que eu pude saber de amigos e resenhas, afinal, lerei meu primeiro
livro do King esse ano – A Maldição do Cigano).
Por: Paulo Sergio.
Duas coisas que eu não sabia, uma que Joe era filho do Stephen, e que o livro, mesmo que no início fosse capaz de nos arrancar alguns risos.
ResponderExcluirBjs, Rose.