Título: Cidades de Papel
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Número de páginas : 368
Classificação : ★ ★ ★ ★
Classificação : ★ ★ ★ ★
Sinopse:
Quentin Jacobsen tem uma
paixão platônica pela magnífica vizinha e colega de escola Margo Roth
Spiegelman. Até que em um cinco de maio que poderia ter sido outro dia
qualquer, ela invade sua vida pela janela de seu quarto, com a cara pintada e
vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança.
E ele, é claro, aceita.
Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a
escola e então descobre que o paradeiro da sempre enigmática Margo é agora um mistério.
No entanto, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção
a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da
imagem da garota que ele achava que conhecia.
Resenha:
Cidades de Papel (Paper Towns) é o quinto romance publicado
por John Green, cada vez mais o autor vem se destacando no gênero “YA” (Young Adult / jovem adulto). Após a
dramática história de Hazel Grace e Augustus Waters em ‘A Culpa É Das Estrelas’,
Green agora nos oferece uma premissa de aventura e mistério.
Dessa vez, nós teremos uma
perspectiva masculina da história, o livro é narrado em primeira pessoa por Quentin
Jacobsen, também conhecido como “Q”. Green irá investir no amor entre os
opostos, o nerd e a garota popular do colégio.
“Na minha opinião, todo mundo tem seu milagre. Meu milagre foi o seguinte: de todas as casas em todos os condados da Flórida, eu era vizinho de Margo Roth Spiegelman”.
Logo no início da narrativa
o autor expõe características individuais dos personagens que nos permite
enxergar o quanto são diferentes. Na primeira cena, Quentin e Margo ainda
crianças, encontram o corpo de um homem no parque do bairro onde moram. Margo é
destemida, quer investigar a causa da morte, cria hipóteses enquanto analisa o
corpo. Quentin fica assustado e quer logo fugir dali. Cria-se um “hiato” na
relação deles desde então.
Anos depois, ambos os personagens
estão no último ano do ensino médio. Margo namora o garoto mais cobiçado do
colégio e pertence ao grupo dos populares. Quentin tem dois grandes amigos, Ben
e Radar, eles serão o alívio cômico da história que irá contrastar com a
obsessão de Q por Margo. Ben, deseja namorar uma das garotas populares; Radar, é
dono de um site de busca e seus pais são colecionadores de artigos bem
estranhos.
“Margo sempre adorou um mistério. Talvez ela gostasse tanto de mistérios que acabou por se tornar um".
Cidades de Papel é um relato
bem humorado sobre a adolescência, destaca dúvidas e conflitos de um período
de transição entre a infância e a fase adulta. Alguns temas muito pertinentes
são abordados, dentre eles, família, identidade, relações amorosas e amizade.
O sobrenome Spielgelman,
dado a Margo, é de origem alemã, significa “fabricante de espelhos”. Em uma entrevista John Green disse:
“Quando as pessoas olham para ela, não vêem nada de Margo de verdade, mas sim o reflexo de si mesmas em um labirinto de espelhos”.
Através de uma linguagem
metafórica, Green questiona o quanto conhecemos as pessoas e o quanto
supervalorizamos as aparências. Determina o momento de ruptura entre o que
pensam de mim e o que realmente sou.
O livro apresenta uma
escrita fácil, está bem diagramado, o que favorece uma leitura rápida. Recomendo
aos futuros leitores que não se deixem levar pela ansiedade de saber o final,
desfrutem de cada passo de Quentin e seus amigos na busca por Margo. Oponho-me
a alguns leitores, achei a conclusão da história muito pertinente e condizente
com o contexto apresentado.
Boa leitura!!!
Adorei sua resenha. Li esse livro já tem um tempo. Ansiosa pelo filme.
ResponderExcluirJá emprestei o livro pra uma amiga ler e ela disse que está adorando tbm.
http://talento-feminino.blogspot.com.br/