SessãoDaMeianoite: HÉRCULES


Hércules
Direção: Bret Rattner
Duração: 98 minutos
Elenco: Dwayne Johnson, John Hurt, Ruffus Sewel

Existe o mito e existe a realidade.
Muito do mito é falar sobre os mistérios do mundo e da criação do mundo.
No princípio o primeiro pretendia explicar o segundo. As pessoas tomavam de imagens mitológicas para explicar daquilo que não sabiam.  O filme Hércules traz enredo simples.  O semideus Hércules – o ator é o simpático canastra Dwayne, ex La Roca - sofre por ter perdido toda a sua família – acontecimento misterioso que rolou no palácio de um certo Rei.

Quem sabe da lenda, na verdade sabe das várias lendas que desejam inspirar contos e a releitura do mundo que sempre se move e muda. Hércules é punido por Hera, a vingativa mulher de Zeus, tendo que  realizar os doze trabalhos. Muita gente sabe disso através de Monteiro Lobato. 
No filme se desenvolvem as roliudinanas cenas épicas já reconhecidas por zilhões de efeitos especiais, já hiper manjados e muitos passíveis de uso no PC de casa;  além de trazer a duvidosa qualidade narrativa dos mesmos estúdios da fábrica de cinema americana. Nada presta em termos de texto americano mesmo que saia da boca de um John Hurt.
Mas, não é para ninguém pensar sobre Hércules. É só para olhar.
O filme é baseado na minissérie em quadrinhos chamada, ‘Hercules: As guerras da Trácia’.
Falar de diálogo óbvio em Roliudi é falar o óbvio.
O grande mérito do filme é mostrar que os mitos nascem da realidade. Esse o diferencial. Não existe e nem existiu um Hércules semideu pois deuses não existem, nem no politeísmos nem no monoteísmo. Todos os deuses desde Javé até os heróis de games são produtos para vender alguma coisa. Os mitos são histórias que se tornaram exageradas, com o passar do tempo, e em função do trauma que as gerou.
Hércules é uma representação, inicialmente recontado na tradição oral, portanto a cada conto se aumentava um ponto.
Como atualmente, há necessidade de arqueiros, há uma arqueira, que é o piteco sensual do filme lançando elementos fálicos para bem longe dela; tem um mentiroso, um mercenário, um profeta, um traidor e um insano. Fazem, todos esses caracteres, parte da gang do Hércules.
A versão trágica da lenda é justamente o fato de que em estado de completa fúria Hércules mata a mulher e filhos.  No entanto, Hércules traz, em seu bojo de entretenimento, citações que lembram Gladiador, Troia, Conan e qualquer filme de fortões que quebram tudo e todos de todos os tempos. Ou seja, nada se cria e tudo se copia. No caso, Dwayne fica bem como herdeiro dessa safra de heróis sarados. Ele trabalhou para isso.
Até os dias de hoje o filme ainda não se pagou. Significa que faliu e foi um tremendo fiasco.
Ninguém desejou ver artistas excelentes como Sewell (que já foi do Coração de Cavaleiro), ou, Hurt (que já foi do Alien e do Homem Elefante), o que demonstra que os ‘cinéfilos’ são de uma ignorância descabida.

Hércules é entretenimento, somente, com a pitada de realidade.



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