Autor: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 378
Sinopse: Londres, 1960. Ao acordar em um hospital após um acidente de carro, Jennifer Stirling não consegue se lembrar de nada. De volta à casa com o marido, ela tenta, em vão, recuperar a memória de sua antiga vida. Por mais que todos à sua volta pareçam atenciosos e amáveis, Jennifer falta alguma coisa. É então que ela descobre uma série de cartas de amor escondidas, endereçadas a ela e assinadas apenas por “B”, e percebe que não só estava vivendo um romance fora do casamento como também parecia disposta a arriscar tudo para ficar com seu amante. Quatro décadas depois, a jornalista Ellie Haworth encontra uma dessas cartas endereçadas a Jennifer durante uma pesquisa nos arquivos do jornal em que trabalhava. Obcecada com a ideia de reunir os protagonistas desse amor proibido — em parte porque ela mesma está envolvida com um homem casado —, Ellie começa a procurar “B”, sem desconfiar que, ao fazer isso, talvez encontre uma solução para os problemas do seu próprio relacionamento.
– Resenha –
“Quando você me olhava com aqueles seus olhos ilimitados, deliquescentes, eu me perguntava o que você podia ver em mim. Agora sei que isso é uma visão tola do amor. Você e eu não podíamos deixar de nos amar, assim como a Terra não pode parar de girar em torno do sol."
Ah, o amor... Nos pega de um jeito totalmente inesperado e não está nem aí se podemos vivê-lo ou não. Ele simplesmente já chega chegando, fazendo uma bagunça na nossa vida e virando tudo de cabeça para baixo.
Amor puro e inocente. Amor voraz e ardente. Amor tranquilo e envolvente. Amor proibido, indecente.
E quando se é casado, mas seu relacionamento já não vai de vento em poupa e aí surge alguém que desperta o fogo do amor adormecido dentro do seu ser? Bem, o ideal é ser sincero/a e abrir o jogo. A separação é a melhor escolha para ambos viverem suas vidas mais felizes, ninguém é obrigado a passar a vida infeliz, não é mesmo?
Hoje em dia essa é uma saída óbvia e nada constrangedora, é normal que casais se separem diante de um casamento infeliz. Mas imaginem em uma época em que isso estava totalmente fora de questão? A mulher ser abandonada pelo marido representava uma vergonha perante a sociedade. E se fosse ela a sair de casa? Aí é que era o fim do mundo. Ela era apedrejada (até literalmente em algumas religiões) pela sociedade. O adultério demandava castigos extremistas, por isso manter um casamento de fachada era a melhor (se não a única) escolha.
Em A última carta de amor temos dois exemplos de adultério em dois momentos históricos diferentes. Ellie Hawoth é uma bela jornalista e está apaixonada por um homem casado. Um amor à primeira vista, daqueles que você não consegue evitar.
Um ano depois ela começa a se desesperar. O que pensou que seria algo muito intenso, mas passageiro, tornou-se um amor devastador por um homem que não era todo seu e nem tinha perspectivas de ser. Com o coração na mão, Ellie afoga suas mágoas em trabalho e assim conhece a história de Jenny.
Jennifer Stirling é uma dama da sociedade casada com um empresário de sucesso. Ela tem a vida perfeita, aquela que todas as mulheres de seu tempo gostariam de ter. Porém, Jenny não é plenamente feliz. Seu casamento é monótono, seu marido a diminui perante outras pessoas e a menospreza. Ela não enxerga o vazio em seu peito até conhecer Antony em um jantar em sua casa de verão na Riviera.
Com o tempo Jenny apaixona-se pelo jornalista e o modo como ele se importa com suas opiniões e enaltece como a mulher de sua vida a encantam profundamente. Eles se comunicam por cartas (simmmm, 1960 não exista internet e o romantismo florescia por cartas belíssimas de amor).
Jennifer se vê em um beco sem saída. Se abandonar o marido ela será deserdada pela família, mal falada pela sociedade e teria de viver escondida com o amante, que ainda por cima tinha uma grande fama de namorador e poderia trocá-la em breve. O que fazer? Ao ser surpreendida por um xeque mate de Antony, ela se vê tentada a fugir com seu verdadeiro amor de uma vez por todas, mesmo que isso significasse apostar todas as suas fichas.
Infelizmente Jennifer não chega ao seu destino. Um trágico acidente faz com ela não consiga encontrar com Boot (apelido carinhoso de Antony) e passa vários dias internada. O pior de tudo ainda está por vir: Jenny perde a memória e não consegue se lembrar de nada do acidente, ou o que estava fazendo, ou do próprio Antony.
A família e marido não falam sobre o ocorrido e Jenny passa muito tempo sentindo-se deslocada, perdida e com uma grande lacuna em sua vida. Até que encontra a primeira carta.
Ela começa a perseguir sua história de vida e se agarra a cada carta como se fossem pistas de crime.
As vidas e Ellie e Jennifer se entrelaçam, unidas pelo mesmo sentimento: um amor proibido.
Será que Jenny reencontrará o seu Boot? E será que Ellie tomará a história de Jennifer como uma lição de vida e tomará a decisão de sua vida? Só lendo para descobrir.
O livro me surpreendeu por ser tão bem escrito e, mesmo com a mudança de épocas, não fica confuso. Os personagens são profundos e complexos e nos dão uma sensação de aproximação incrível de suas vidas.
Super recomendo a leitura!
#maisumdaJoJo #ficaadica
Olá, eu quero tanto ler esse livro mas um dos motivos pelo qual não comecei é justamente a questão da traição, já que sou completamente contra. Fora isso, eu adoraria saber mais sobre as cartas, a narrativa e tudo mais, afinal, Jojo nunca decepciona.
ResponderExcluirAbraços!
http://leitoraencantada.blogspot.com.br/
Fiquei com muita vontade de ler este livro... Uma história bem interessante!
ResponderExcluirAbraços, Cris
Eu já sentia muita vontade de ler esse livro, agora, lendo sua resenha me deu ainda mais vontade! Sucesso e parabéns pelo blog! Ganhou uma seguidora, beijos!
ResponderExcluirSe quiser dar uma olhadinha no meu, fique a vontade: https://meninadojardim.wordpress.com/
Olá, eu já queria muito ler esse livro, agora, depois da sua resenha eu quero ainda mais! Sucesso e parabéns pelo belo trabalho aqui no seu cantinho, está incrível! Beijos!
ResponderExcluirSe quiser dar uma olhadinha no meu blog também, fique a vontade, pois você acabou de ganhar uma seguidora: https://meninadojardim.wordpress.com/