Em meio a tantas existências drasticamente diferentes — uma grã-duquesa na Rússia czarista, uma órfã baladeira numa Londres futurista, uma refugiada em uma estação no meio do oceano —, Marguerite se questiona: entre todas as infinitas possibilidades do universo, o amor pode ser aquilo que perdura?
“A cada possibilidade, a cada vez que o destino decide algo jogando uma moeda, o universo divide as dimensões de novo, e de novo, criando cada vez mais camadas de realidade. E assim sucessivamente, ad infinitum.”
Mil pedaços de você é um livro com realidades paralelas. Várias.
Marguerite Caine é filha de dois cientistas sensacionais que criaram um dispositivo chamado firebird, que pode levar a pessoa a uma realidade paralela. O dispositivo leva apenas “a alma”, e aí você acorda no corpo do seu “outro eu”. Doido, né? Também achei!
“Os Firebirds eram as chaves para destravar o universo. Ou melhor: os universos. Pessoas vivas só podem viajar para dimensões onde elas já existem.”
A narrativa é ótima, Claudia Gray nos apresenta os personagens e a trama mudando de realidade a cada momento, mostrando as poucas (ou muitas) diferenças entre as realidades de um modo muito dinâmico e interessante. Curiosamente (ou não), depois da leitura a gente fica refletindo: como eu seria num universo paralelo em que tem mais tecnologia? E no universo que tem menos? Afinal, trabalho diretamente com tecnologia, mudaria meu emprego, mudaria bastante coisa.
Também é legal ver como as pessoas continuam se encontrando nas outras realidades. Será que o destino pode ser explicado pela ciência? Será que alguém que está destinado a “ser seu” será em toda e qualquer realidade paralela? É bem louco. hahaha
“Eu amaria você em qualquer corpo, em qualquer mundo, com qualquer passado. Nunca duvide disso.”
Eu sou suspeita pra falar desse livro porque adoro ficção científica, viagem no tempo, realidades paralelas… etc. E devo dizer que gostei bastante de como Gray resolveu a trama. Aliás, temos um segundo livro, mas o primeiro tem um fim bem satisfatório, sem muitas pontas abertas. Pra quem não curte ler séries/trilogias/duologias dá pra ler esse livro de boa. :)
“Toda forma de arte é outra maneira de ver o mundo. Uma nova perspectiva, uma nova janela. E a ciência… é a janela mais espetacular de todas. Dá pra ver o universo inteiro através dela.”
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