Jack Reacher | Crítica



Título: Jack Reacher -Never Go Back | Jack Reacher- Sem Retorno
Direção : Edward Zwink
Roteiro : Marshall Herskivitz, Edward Zwink, Richard Wenk
Elenco:Tom Cruise, Cobie Smulders, Robert Knepper, Aidis Hodge,Danika Yarosh, Holt McCallany
Classificação: 

Sinopse: Jack Reacher (Tom Cruise) retorna à base militar onde serviu na Virgínia, onde pretende levar uma major local, Susan Turner (Cobie Smulders), para jantar. Só que, logo ao chegar, descobre que ela está presa, acusada de ter vazado informações confidenciais do exército. Estranhando a situação, Reacher resolve iniciar uma investigação por conta própria e logo descobre que o caso é bem mais pessoal do que imaginava.



Resenha


Tom Cruise está de volta em mais uma adaptação da série de livros de Lee Child como Jack Reacher, um ex-major que acordou um dia e percebeu que o uniforme não servia mais. Abdicou então de todos os seus cargos para viver como um nômade, embora não deixe usar suas habilidades quando acha necessário. Mas diferente do primeiro filme, em que Reacher cai de paraquedas numa situação atípica quando um veterano de guerra é acusado de matar friamente cinco pessoas, aqui as questões se tornam um pouco mais pessoais e isso se deve a escolha do diretor. Edward Zwink (que também participa como roteirista) gosta de fazer com que o ponto principal que dá andamento a história tenha, em contrapartida, um ou mais dramas particulares para tornar os personagens mais humanos e ele tenta fazer isso no limite do possível.


Reacher recebe a ajuda da major Susan Turner (interpretada por Cobie Smulders) em uma de suas tentativas de fazer justiça e a empatia imediata desperta o interesse de ambos, que passam a se comunicar constantemente até que, no dia em que se encontrariam, ele descobre que ela havia sido detida sob acusação de espionagem. Ao analisar os critérios e provas recolhidas pelo exército americano que justificassem a prisão de Turner, Reacher percebe inconsistências e usa todos os seus recursos de ex-major para salva-la.

Quem é fã de filmes de ação verá características que molda quase todos os protagonistas e com o de Tom Cruise isso se repete. Jack Reacher é incorruptível, percebe todos os problemas, escapa de todas as ciladas, bate em todos e não apanha de ninguém (ou quase ninguém). A única diferença de outros filmes do gênero para esse é que a “donzela em perigo” Turner sabe se defender sozinha. Cobie surpreende por não ser caricata. Ela se porta como uma mulher de alta patente e exige que seja tratada como tal. Isso não a impede de cometer erros crassos, mas isso é consequência de furos no roteiro.

Falando nele, o que se pode dizer é, como uma parte dos filmes do gênero ele é um tanto previsível. Permeia assuntos importantes, como paternidade ou a vida que uma mulher leva ao escolher ser militar e os desafios que estão ligados a essa escolha, mas tudo isso é abordado de forma muito rasa. O vilão real (aquele que dá as ordens) é totalmente esquecível, o que é uma pena, Robert Knepper é um bom ator. É mais provável que se lembre do subordinado, porque de fato é ele quem gera os grandes conflitos, mas é inegável que o espectador já saiba o que virá a acontecer no final.


Jacke Reacher – Sem Retorno é uma boa distração para quem procura um filme de ação, sem grandes questões, e embora a parceria Tom Cruise e Cobie Smulders funcione, o roteiro e direção fazem com que caia na armadilha de ser só mais um filme de ação.

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