Corey é um cara crescido em Iowa, que teve uma infância pobre e cheia de experiências. Mas não se engane ao achar que esse livro é sobre o autor e unicamente ele. Não, esse livro é uma junção de todas as coisas que o maluco careca que sobe ao palco usando uma p***a (eu tentei, mas este escapou) de uma máscara e canta para uma multidão, letras que, às vezes, são como um soco na boca do estômago e uma dedada nos olhos, odeia.
Taylor grita nas linhas desse livro o quanto odeia coisas como: Reality shows, música pop, baladas, pessoas lerdas andando no aeroporto, crianças pentelhas, adultos imbecis, Avril Lavigne, Justin Bieber, DJ's, péssimos motoristas, shopping centers, escolas e principalmente, a imbecilidade do ser humano. Sim, ele odeia muita coisa.
Corey também nos conta algumas de suas experiências mais bizarras, envolvendo pessoas com o QI questionável, que são um mistério para a teoria da sobrevivência de Darwin.
Por exemplo, ele nos conta sobre uma festa onde foi com um amigo, e acabou cercado de gente idiota, como descreve:
“Basicamente, essas pessoas eram um bando de idiotas andando por uma casa de dois quartos em estilo de rancho numa rua isolada dos subúrbios da Califórnia, tentando parecer bacanas e ficar chapados antes que a cerveja e os comprimidos acabassem.” (TAYLOR, 2015, p. 12)
O livro segue esse padrão, onde o autor não poupa adjetivos quando o assunto é expor a raiva de algo ou alguém. Às vezes, por pura “bondade”, ele muda o nome dos envolvidos, mas na maioria das vezes, toca o foda-se e não ta nem ai...
“... Na verdade, não me importarei se lerem isso e ficarem ofendidos. Eles já deram vexames demais, então que se fodam. Esse livro será assim. É melhor apertarem a merda do cinto.” (TAYLOR, 2015, p. 11)
Eu sou um grande fã do Slipknot e acompanho os caras há 12 anos. Quando ganhei o livro de presente da minha noiva, fui ler achando que era uma biografia - eu amo ler biografias - mas me enganei muito, e a surpresa foi muito boa. Pude perceber, ao terminar o livro, que eu odeio muita coisa também, mas nunca me dei conta do quanto odiava. Isso é uma merda, e me faz querer xingar bastante. Não consigo ver alguém fazendo merda, seja em público ou na TV, sem sentir algo queimar dentro de mim. Big Brother Brasil me tira do sério, eu fico muito puto com o quão fúteis as pessoas podem ser quando querem aparecer ou ganhar dinheiro. Algumas nem são realmente tão idiotas e superficiais, mas se fazem só para agradar. Eu sinto uma real vontade de xingar todo mundo, mas ainda tenho um auto-controle funcional, e deixo de lado a raiva... Enfim, voltando e finalizando...
Se você curte o Slipknot, ou ao menos conhece o Corey Taylor, ou simplesmente quer entender o quanto uma pessoa pode detestar muito algumas coisas, esse livro é pra você. É impossível ler e não sentir uma raiva queimando no peito com algumas situações descritas. Você vai perceber o quanto a sociedade está se emburrecendo, e como até mesmo você, eu, e toda essa porra dessa juventude, somos uns completos imbecis, jogando a vida fora, perdendo tempo com futilidades e entortando a nossa coluna por causa de Smartphones e computadores. Eu indico essa leitura a todos os que se irritam com pequenas coisas e querem compartilhar esse sentimento com o autor. Prepare-se para uma tsunami de ódio, raiva e palavrões…
Ps: Desculpem os palavrões
Escrito por Háron Souzza.
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