Crítica | Annabelle 2 - A Criação do Mal


Título : Annabelle 2 - A criação do Mal
Direção: David F. Sanberg
Gênero: Terror sobrenatural
Nacionalidade: Estados Unidos
Elenco: Stephanie Sigman, Talitha Bateman, Lulu Wilson, Philippa Coulthard, Grace Fulton, Lou Lou Safran, Samara Lee. Taylor Buck, Anthony LaPaglia, Miranda Otto

Sinopse: Samuel Mullins (Anthony LaPaglia), um artesão fabricante de bonecas e sua esposa Esther (Miranda Otto) são devastados pela perda trágica de sua filha (Samara Lee). Mais de uma década depois, o casal concorda acolher em sua casa meninas pertencentes a um orfanato católico, acompanhadas por uma freira (Stephanie Sigman). Em pouco tempo, acontecimentos estranhos trazem ao conhecimento de todos que o lugar não é o presente dos céus que as meninas achavam ter recebido. A presença maligna de Annabelle logo dará início a um pesadelo.

                                                                    Crítica

Muita gente pode ter se arrependido de ir ver o primeiro Annabelle, um filme decididamente ruim, claramente feito para pegar o embalo do ótimo Invocação do mal. A sequência, porém, mostra uma tentativa mais competente por parte do estúdio, conseguindo talvez um “selo James Wan” de qualidade em filmes de assombração.

Talvez o filme pudesse ter mais momentos de susto, mas provavelmente o diretor David F. Sanberg optou pela qualidade em vez da quantidade, conseguindo cenas macabras, apesar de algumas desapontarem. Uma boa fotografia sombria/melancólica também acrescenta um charme, como foi demonstrado no aterrorizante A bruxa, de Robert Eggers.

O que decepcionou no primeiro filme – roteiro bobo e falta de envolvimento – não se repete no segundo. A história de origem de Annabelle consegue ser muito interessante, com pontos extremamente tristes e chocantes. Talvez o filme não tenha aquele certo quê todo especial de um filme de terror muito bom, mas com certeza não cai nos erros comuns já tão aborrecidos.

Claro, esteja preparado para todos os clichês mais comuns em filmes de terror mainstream de Hollywood, afinal é um filme feito para dar medo e para isso existem algumas fórmulas. Uma delas é a figura infantil/demoníaca, que vemos na boneca Annabelle e também na excelente atuação de Talitha Bateman.

A propósito, as atrizes mirins realmente fazem toda a diferença. Uma boa atuação infantil seria crucial para uma história que se desenrola principalmente do ponto de vista de crianças, e não houveram desapontamentos. A já temida Lulu Wilson, que apareceu em Ouija 2, repete a boa atuação e cativa completamente no papel da co-protagonista.

Com a atmosfera certa, o filme tem o potencial de causar verdadeiro pavor nos espectadores, evocando medos antigos e surpreendendo nos momentos em que se estava esperando um certo “alívio”, recurso que já vimos James Wan usar magistralmente no primeiro Sobrenatural. Isso quer dizer que não é necessário anoitecer para que coisas assustadoras aconteçam, e o resultado é o esperado: em uma casa com Annabelle, nunca se está seguro.
 

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