Crítica | Bingo - O Rei das Manhãs


Título : Bingo - O rei das manhãs
Direção : Daniel Rezende
Elenco: Vladimir Brichta, Leandra Leal, Augusto Madeira , Ana Lucia Torre , Tainá Müller , Emanuelle Araújo , Cauã Martins e Soren Hellerup
Gênero : Drama , Biografia
Nacionalidade: Brasil

Sinopse:
Nos anos 1980, Arlindo Barreto (Vladimir Brichta) consegue um emprego que o coloca na frente dos holofotes. Sob uma pesada maquiagem, peruca vermelha e roupa de palhaço ele se transforma no apresentador de TV Bingo, que todas as manhãs anima as crianças. Mas longe das câmeras, Arlindo precisa manter sua identidade em segredo e mergulha no mundo das drogas, até que encontra em seu filho e na religiosidade as forças para se reerguer na vida.

                                                         Crítica 


Antes de mais nada, preciso dizer que como tendo nascido nos anos noventa, a história em questão poderia ser menos atraente do que para os nascidos uma década antes, por terem lembranças e etc mas eu fiquei muito empolgada na sessão e ri bastante. É uma cinebiografia que na verdade é um recorte de um momento da vida desse homem, mostrando ao público a pessoa por trás do palhaço irreverente e adorado.



Vladimir Brichta dá vida a ele e brilha ao incorporar o nosso bozo (por questões de autorização não puderam usar o nome original então aproximaram com Bingo), sua interpretação está na medida certa. Está tudo ali: O carisma que se espera, o charme no olhar e apelo sexy nas falas e também a carga dramática. Outro destaque vai para a Leandra maravilhosa Leal interpretando a produtora do programa: Séria, focada, religiosa e que viria a se casar com o Arlindo na vida real. Leandra e Vladimir tem uma ótima química em cena e é deles uma das melhores cenas na minha opinião. Dois outros destaques no longa vão para a relação dele com seu filho que parece ser o único momento em que ele se sente confortável sendo apenas ele, e com sua mãe que também era atriz de novelas e entende bem o desejo do filho por sucesso e reconhecimento em sua carreira. Ótimas e emocionantes sequências renderam.

O filme tenta reconstituir os caminhos que levaram um ator de pornochachada num icône/fenômeno da tv para o público infantil daquela época. Começa com a sua insatisfação e busca por mais tempo e falas na frente das câmeras, junto a isso seu talento em abrasileirar o palhaço gringo dando seu toque e enquanto o programa deslanchava também sua vida pessoal regada a drogas e sexo, afinal eram os anos 80! E passava tranquilamente na tv a Gretchen rebolando e cantando num programa infantil hahaha meu olhar de 2017 reprovou mas foi bem divertido ter durante algum tempo um vislumbre dessa época. O roteiro acerta ao não esconder todos os excessos tornando o protagonista ainda mais real e acreditável, meus parabéns aos envolvidos!

É quase um anti herói, passa pelas fases já conhecidas do público: Decadência, fama-sucesso-sexo drogas e rock and roll- erros e perdas-volta por cima emocional e amamos cada minuto!

Digo e repito o cinema nacional diferente do resto do país está num ótimo momento!!!

                                               Ana Paula Santos

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