Crítica | Malasartes e o Duelo com a Morte

Título: Malasartes e o Duelo com a Morte
Direção: Paulo Morelli
Gênero: Fantasia, Aventura, Romance
Nacionalidade: Brasil
Elenco: Jesuíta Barbosa, Isis Valverde, Júlio Andrade, Leandro, Hassum.Milhem Cortaz, Vera Holtz, Luciana Paes, Julia Ianina e Augusto Madeira.

Sinopse:
Pedro Malasartes (Jesuíta Barbosa) é um malandro que, por mais que seja apaixonado por Áurea (Ísis Valverde), não resiste a um rabo de saia. Devendo muito dinheiro a Próspero (Milhem Cortaz), irmão de sua amada, Malasartes precisa escapar dele ao mesmo tempo em que prega peças, sempre usando a inteligência, de forma a conseguir alguns trocados. Só que seu padrinho, a Morte (Julio Andrade) em pessoa, tem outros planos para ele.

                                               Crítica

Caros leitores preciso dizer antes de mais nada o quão animada e orgulhosa, em primeiro lugar por estar vendo literalmente em primeira mão esse momento lindo do nosso querido cinema brazuca! Dito isso vou parar com minhas reflexões de cinéfila derretida e vamos ao que interessa.



Pedro Malasartes segundo  minha pesquisa apontou é um personagem do folclore português e posteriormente brasileiro, exemplo de esperteza, inteligência, criatividade e sem sentimento algum de culpa por mentir e enganar as pessoas.


 Aqui nessa adaptação é interpretado pelo já galã no meu coração Jesuíta Barbosa ( Praia do futuro, série justiça rede globo) é o típico caipira carismático e sem muita condição, que tem como aliado na vida sua astúcia (te lembrou um outro nordestino esperto e pra lá de encantador também? Acertou se pensou no nosso amado João Grilo, pois eu consegui observar semelhanças não somente entre o personagem do Matheus Nachtergaele mas com o filme Auto da Compadecida em si e com entusiasmo digo isso.


Pedro Malasartes sobre(vive) entre uma obrigação de pagar dívidas deixadas pelo finado pai a um dono de terras e ao mesmo tempo que tenta se livrar disso e estar nos braços da doce irmã desse senhor, interpretada pela ok Isis Valverde. Ainda tem a proximidade de seu aniversário de 21 anos e a visita prometida do seu famoso-abastado-padrinho que ele não faz idéia do que realmente quer, quem dá vida a essa interessante personagem é o Júlio Andrade (série sob pressão rede globo), ou como eu o tenho chamado  House BR haha!Ele está tão bem caracterizado que precisei de mais de algumas cenas para reconhecê-lo.


É um filme de fantasia e como não poderia deixar de ser temos (para minha feliz surpresa) ótimas sequências com uso de efeitos especiais, enquanto audiência faz a gente realmente entrar na trama. É importante também ressaltar que nunca antes na histórica do cinema nacional um filme teve tantos efeitos visuais, com cerca de 40% feitas com ajuda de computação gráfica. BEM EXECUTADAS DEMAIS!

 A fotografia também está boa junto a caracterização de cada um dos personagens principais. É um filme pra vermos com nossa família e amigos, tem muitas cenas engraçadas/tensas graças ao roteiro do Pedro Morelli que também assina a direção e mesmo não sendo excepcional, funciona muito bem e os atores parecem estar afinados transparecendo uma ótima química, eu destacaria as cenas do Pedro (Jesuíta) com seu padrinho (Júlio) e de Pedro com o seu mais novo amigo Zé Candinho (Augusto Madeira).


Menção honrosa a Vera Holtz como parca cortadeira que junto as suas duas irmãs são mais um obstáculo a Pedro enfrentar em sua aventura, e Leandro Hassum caricato como sempre e não decepciona sendo mais de si mesmo.

A trama é toda bem encantadora e bem orgânica, e aquele final me remeteu novamente ao Auto da compadecida que vem a ser o meu filme nacional preferido, então saí da exibição sorrindo e leve!


                                  Por Ana Paula Santos

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