Século XIX. Louisa Ditton não tem para onde ir. Sozinha e com medo, a garota acaba de escapar do terrível internato inglês onde repressão e castigos dolorosos eram a principal lição. Assim, quando encontra uma idosa que lhe oferece emprego em uma hospedagem, Louisa acha que finalmente está segura. Logo que chega à Casa Coldthistle, entretanto, a jovem nota algo estranho. O misterioso proprietário do lugar – o sr. Morningside –, proporciona a seus hóspedes não um simples lugar para dormir, mas o temido descanso eterno. Numa espécie de tribunal sombrio, o sr. Morningside e a criadagem executam sua justiça obscura àqueles que vivem impunes, e Louisa será obrigada a fazer parte desse grupo de impiedosos justiceiros. Diante disso, a jovem começa a temer pela vida de Lee. Ele não é como os demais hóspedes: carismático e gentil, o rapaz desperta nela o ímpeto de salvá-lo do julgamento iminente. Porém, nessa casa de mentiras e putrefação, como Louisa poderá saber quem carrega a verdade? Resenha Louisa está sozinha no povoado de Melton, fingindo ler a sorte dos desavisados, algo que não era muito bem visto na sociedade supersticiosa, que tinha o hábito de queimar bruxas (mesmo as falsas), do século XIX. A garota não possui um lar, nem familiares que a queiram: o pai a renegou, a mãe a abandonou e os avós a deixaram num colégio onde ninguém gostava dela e nada do que ela fazia parecia ser bom o bastante. Sua sorte parece melhorar quando, em meio à uma confusão no povoado Louisa é abordada por uma velha senhora que lhe oferece trabalho em uma pensão, longe dali. Sem outras perspectivas, nem dinheiro, nem familiares, nem amigos, Louisa aceita a oferta e embarca nessa nova aventura. Em primeiro lugar preciso dizer que a nossa protagonista é uma garota esperta, fugiu do internato e sobreviveu sozinha nas ruas, mas muito solitária. Ela percebe em si mesma algo que afasta as pessoas, e não consegue determinar o que pode ser. Sabe apenas que nunca ouve ninguém que realmente a aceitasse e isso a tornou fria, não de um jeito cruel mas de uma forma triste, como um animal ferido. Chegando à pensão, Casa Coldthistle, Louisa é acolhida pelos funcionários que parecem um tanto estranhos, mas amigáveis e conhece o Sr. Mornigside, dono do lugar, que vive em um porão subterrâneo com suas aves e raramente sobe ao térreo. Não bastassem essas estranhezas, pouco tempo depois Louisa descobre criaturas não-humanas vivendo na pensão e as explicações que recebe a deixam cada vez mais transtornada. O detalhe, que a sinopse não entrega, é que há algo em comum entre todos os funcionários da casa e ao longo da história, que intercala trechos da história de Louisa com passagem do livro do Sr. Mornigside, que é escritor, vamos nos dando conta de que quase tudo se encaixa. A Casa das Fúrias não é um livro excepcional nem notavelmente marcante, mas possui um ritmo agradável e uma história gostosa, sem maiores pretensões. De modo que, se você está esperando um clássico da literatura esse não é o seu livro, agora se o que você busca é uma companhia interessante para passar o tempo, vá em frente, vale a pena.
Olá, me chamo Ili, tenho 30 anos, sou estudante de psicologia, aspirante a fotógrafa e escritora de contos nas horas vagas. Sou uma taurina determinada, teimosa e super amiga de todos. Minhas verdadeiras paixões são ler livros, ir ao cinema, ver séries e claro, comer doces.
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