Crítica | Tempestade: Planeta em Fúria

Título: Tempestade: Planeta em Fúria
Direção: Dean Devlin
Elenco: Gerard Butler, Jim Sturgess, Abbie Cornish, Ed Harris, Alexandra Maria Lara, Daniel Wu, Eugenio Derbez, Andy Garcia, Zazie Beetz
Gêneros: Ficção Científica, Ação
Nacionalidade: EUA
Classificação:


Sinopse: Os eventos climáticos na Terra se tornaram uma ameaça à existência humana, obrigando 17 países a construírem uma rede de satélites em volta do planeta que controlam o clima e evitam catástrofes. Jake Lawson (Gerard Butler) é o engenheiro responsável pelo projeto, mas acaba sendo afastado da cargo e substuído pelo seu irmão mais novo, Max Lawson (Jim Sturgess). Três anos mais tarde, pouco antes do controle dos satélites passar dos Estados Unidos para a ONU, esse satélite acaba apresentando uma falha causando a morte de centenas de pessoas. Jake é chamado de volta para investigar o caso sob gerência de seu irmão mais novo. Quando a situação se torna crítica e fora de controle, os irmãos precisam se unir para resolver uma grande conspiração que ameaça todo o planeta.


                                            CRÍTICA

Quando se trata de destruição da humanidade, especialmente com roteiro de Dean Devlin, não podemos esperar muito, a não ser pelos efeitos especiais de outras produções que ele partipou como no CTRL+C aumentado e piorado de “Independence Day” em sua continuação de 2016. Em “Tempestade: Planeta em Fúria”, não é muito diferente. Por outro lado, se deixarmos a crítica de lado, você não vai sair frustrado, pois é o tipo de filme para ver com a família e desligar-se um pouco do dia a dia. Aliás, família é um dos focos desse filme e eu já vou explicar o porquê.


O filme é sobre um possível fim do mundo, mas também sobre a relação distante entre Jake e Max, seu irmão mais novo. Jake é um coroa orgulhoso, de personalidade forte, responsável pela criação de Dutch Boy, uma rede de satélites controladores do climático no planeta, mas é substituído pelo seu irmão mais novo, criando uma distância grande entre os dois por três anos. Acontece que Dutch Boy acaba sendo usado como arma e mata milhares de pessoas por todo o planeta em uma gigantesca tempestade mundial e, somente juntos, os irmãos Lawson terão a chance de salvar o mundo da destruição total. 


A fotografia do filme e os efeitos especiais nas cenas do espaço são bastante verossímeis e bonitos, porém pecam nas cenas de destruição que em alguns momentos são plásticos, como em uma das cenas no Rio de Janeiro, aquém de filmes mais recentes de mesmo gênero. O roteiro possui soluções fáceis para resolução da trama, como colocar uma personagem que em dois segundos consegue hackear a NASA sem a menor dificuldade, e personagens superficiais e sem objetivos fora do arco principal, embora o filme não tenha falhas muito graves na estrutura do roteiro, considerando a proposta do filme. As atuações também não são das melhores. Você não vê ninguém realmente desesperado em uma situação de perigo ao ver que pessoas próximas vão morrer, por exemplo. Elas estão sempre se divertindo, tornando o filme um tanto cômico. Um fato que decepciona é quando conhecemos a filha prodígio e super inteligente de Max Lawson e a primeira coisa que você pensa é: “essa menina tinha que tá é na NASA ajudando a salvar o mundo”, mas não, ela só aparece pra dizer que existe mesmo. O que poderia deixar o filme muito mais interessante foi simplesmente deixado de lado.


Apesar de ser um filme OK, “Tempestade: Planeta em Fúria” é um filme agradável e bonito visualmente em grande parte, além de ter algumas cenas engraçadas com a hacker Dana (Zazie Beetz) e outras cenas de ação interessantes protagonizadas pela personagem de Abbie Cornish, Sarah Wilson, que dá aquele gostinho de representação feminina que todxs amamos, embora a personagem não tenha muita profundidade e seja apenas “a namorada imbatível de Max”. Para quem gosta de ver explosões, efeitos especiais e destruição em massa com direito a lição de moral no final, é um bom filme para assistir, só não espere muita coisa.


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