Resenha: As águas-vivas não sabem de si | Aline Valek

Título: As águas-vivas não sabem de si
Autor:  Aline Valek
Editora: Rocco
Número de páginas: 296
Classificação: ★★★★
Sinopse: Escritora, blogueira, formadora de opinião com milhares de seguidores nas redes sociais, a paulista Aline Valek faz sua estreia no romance com o surpreendente As águas vivas não sabem de si. Mistura de suspense e ficção científica, o livro conta a história de uma mergulhadora profissional em meio à vida que pulsa numa estação a 300 metros de profundidade. Com uma narrativa fluida e sensível, a autora literalmente mergulha nos dramas vividos pela protagonista, que faz parte de uma equipe liderada por uma cientista obcecada pela ideia de encontrar inteligência no fundo do oceano, retratando com intensidade sentimentos e sensações como medo, solidão e claustrofobia, mas também uma enorme paixão pelo desconhecido e pelos segredos do fundo do mar, que só fala àqueles que sabem ouvir. Um paralelo subaquático perfeito para Gravidade, o premiado filme de Alfonso Cuarón.




                                                – Resenha –

“O silêncio está preenchido de sons. É como o branco, onde se juntam todas as cores.”

Li Aline Valek no livro de contos de ficção científica feminista, Universo Desconstruído. O conto dela foi um dos meus preferidos dali, e já tinha visto por aí “as águas-vivas não sabem de si” e ele estava na minha lista de leitura. Então, não preciso nem dizer que ele pulou pra frente da lista, né? haha

É difícil falar desse livro, e também de dar uma nota pra ele. Sabe quando você termina o livro, mas ele não sai de você? E aí você fica com a tal “ressaca literária” e aqueles personagens acompanham seus pensamentos por um tempo? Então…

“Por mais sofisticada que fosse uma espécie, a força do planeta seria sempre superior.”

Afinal, se amei tanto, por quê eu disse que é difícil falar dele? Bem, em alguns capítulos a gente acompanha uma equipe confinada na estação subaquática Auris: Corina, Arraia, Martin, Susana e Maurício. E, em outros capítulos, acompanhamos o fundo do mar. Sim! E esse livro é tão poético que eu fico sem saber como falar dele.

Você fica calmo com as sensações do mar, e tenso com o suspense que fica te ‘incomodando’ a leitura inteira. Você reflete sobre inúmeras coisas, e todos os personagens se tornam importantes e queridos. Simplesmente não dá pra lidar com o final desse livro sem ficar refletindo sobre ele.


Se eu recomendo? Muito.

“Ela percebeu que a água se mexia como algo vivo, mas era pequena demais para encontrar uma categoria adequada para aquela coisa infinita e salgada, que não tinha pernas e se movia, que não tinha boca e sussurrava. Mais tarde, passaria a chamar apenas de mar.”

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