Editora: Harper Collins Brasil
Autor: Dawn O'Porter; Marina Schnoor
Número de páginas: 352
Classificação:
Sinopse:Tara é mãe solteira e divide o tempo entre a filha pequena e o trabalho em uma produtora de TV onde tem que lidar com o machismo casual diariamente. Stella vive assombrada pelo fantasma de uma doença devastadora. Cam é uma blogueira famosa, mora bem e pode se dar ao luxo de escolher o homem que quiser, mas isso não quer dizer que ela está livre da pressão da família para se adequar aos moldes conservadores.
As três estão tentando viver da melhor forma possível, embora a sociedade tente forçá-las a se encaixar nas expectativas dos outros — seja como mães, profissionais, amigas ou irmãs. Quando um acontecimento extraordinário as une de forma irreversível, a catástrofe de uma mulher se torna a inspiração da outra.
Best-seller do Sunday Times, Vacas é um romance poderoso e único, em que três mulheres, em meio a todo o caos do mundo moderno, precisam encontrar a própria voz.
Resenha
Preciso confessar que a partir da sinopse apresentada acima eu esperava algo completamente diferente do que encontrei na história de Vacas - Nem toda mulher quer ser princesa, porque a impressão que ficou no final da leitura foi a de que pelo menos as protagonistas do livro queriam sim ser princesas e espero que no decorrer dessa resenha eu consiga explicar porque penso dessa maneira.
A história de Tara a princípio parece promissora dentro da sinopse apresentada, porém só permanece assim pelas primeiras quarenta páginas, depois de um escândalo envolvendo seu nome elevá-la à categoria de pervertida da internet, Tara literalmente desmonta. A mulher determinada, corajosa e calculista dá lugar à uma poça de lágrimas e autopiedade, que volta para a casa dos pais ao lado da filha aos 42 anos.
Mas esse nem é o maior dos problemas, o que piora tudo é que ao invés de encarar a situação ela entrega os pontos e permanece nessa situação durante quase todo o livro (!!!), ela só toma uma atitude que condiz com sua (pseudo) personalidade nas últimas vinte páginas.
Stella é o tipo de personagem que precisa de um psiquiatra, sem mais. E Cam, bem, ela construiu uma vida diferente daquela que sua família esperava e embora seja feliz com isso precisa defender seu ponto de vista constantemente, o que parece desnecessário em diversas ocasiões. Cam é, possivelmente, a personagem que mais se aproxima da descrição apresentada na sinopse, embora numa análise mais crítica fosse possível perceber que com 36 anos ela não era capaz de perceber nem enfrentar antigos medos, muito menos estabelecer relacionamentos significativos com as pessoas à sua volta.
Agora, porque eu acho que todas elas queriam ser princesas? Simples: de alguma forma todas elas desejavam que uma fada madrinha resolvesse seus problemas magicamente e elas tivessem um final feliz da forma mais rápida e que exigisse menos esforço. Tara esperava que o escândalo em que estava envolvida fosse esquecido trancando-se em casa, Stella armou um plano bizarro para conseguir algo que ela imaginava que fosse fazê-la se sentir realizada e Cam procurou a forma mais fácil para se livrar de um problema, nesse processo agindo de forma infantil e imatura com as pessoas preocupadas com ela.
Não posso dizer que o livro não tenha seus méritos e caso fosse apresentado de maneira (bem) diferente acho que eu teria gostado mais, mas me senti muito frustrada pois não era essa a história que eu esperava encontrar e não é nem de longe a primeira vez que eu leio um livro em que a sinopse não captura a essência do que o autor procurava expressar em sua obra.
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