Resenha: A Floresta dos Suicidas | Jeremy Bates

Título: A Floresta dos Suicidas
Editora: Babelcub Inc.
Autor: Jeremy Bates
Número de páginas: 349
Classificação:
Sinopse: Nos arredores de Tóquio fica Aokigahara, uma vasta floresta e uma das áreas selvagens mais lindas do Japão... e também o lugar mais famoso do mundo para cometer suicídio. Dizem as lendas que os espíritos dos inúmeros suicidas ainda perambulam, assombrando as profundezas da mata ancestral. 
Quando o clima ruim impede um grupo de amigos de escalar o Monte Fuji vizinho, eles decidem passar a noite acampando em Aokigahara. No entanto, acabam sendo pegos de surpresa quando encontram um dos amigos enforcado ao amanhecer... e percebem que, afinal, pode haver alguma verdade por trás das lendas. 


                                             Resenha

   Eu sou suspeita para falar sobre livros de terror/policial/suspense e afins, é o meu calcanhar de aquiles e sempre que possível minha primeira escolha em relação à literatura.

   Em A Floresta dos Suicidas nos deparamos com um pedacinho do Japão, um país culturalmente muito diferente do Brasil, onde cada aspecto da sociedade é orientado por regras rígidas e ancestrais. Não há muito espeço para falar sobre os próprios medos, angústias e preocupações e talvez esse seja um dos motivos para que o país tenha um dos índices de suicídio mais altos do mundo.
   Ethan é um professor de inglês que passou os últimos quatro anos morando no Japão e trabalhando em uma empresa particular que oferece cursos de inglês. Quando decide voltar aos Estados Unidos ele resolve organizar uma escalada ao monte Fuji como uma forma de despedida.

  Nessa aventura partem junto com Ethan outros três americanos, dois dos quais também professores de inglês: Neil Rodgers e Melinda Clement, namorada de Ethan. O terceiro americano é um amigo de Melinda, John Scott, soldado recém chegado de uma missão no Afeganistão.  Também acompanham o grupo de americanos os japoneses Tomo Ishiwara, estudante de psiquiatria, e Katsuichi Honda.

  As coisas começam a dar errado logo no inicio, quando a ameaça de chuva interdita as trilhas usadas para iniciar a escalada. Diante da bilheteria fechada o grupo de Ethan conhece um casal de israelenses, Ben e Nina, que também planejava escalar o monte Fuji mas diante do impedimento resolve acampar em Aokigahara Jukai o "mar de árvores", floresta que fica na base da montanha e é conhecida como a floresta dos suicidas, uma vez que todos os anos dezenas de japoneses escolhem o lugar para tirar a própria vida.

   Ethan e seus amigos resolvem acompanhar Ben e Nina porém Honda, que conhece os mitos que cercam a floresta, prefere não arriscar e volta sozinho para Tóquio (não preciso nem dizer que ele foi o mais esperto, né!).
  Dentro da floresta o grupo passa a observar alguns fenômenos estranhos (alguns dos quais realmente acontecem dentro da floresta, podem pesquisar!) e o que no começo parecia ser divertido vai perdendo pouco a pouco a graça, principalmente depois que os amigos percebem que estão perdidos.

  Quando, um a um, os membros do grupo desaparecem e são encontrados enforcados, o medo de que algum poder sobrenatural esteja aniquilando os invasores da floresta toma conta de todos,  menos de Ethan, que insiste que quem os está perseguindo é humano e pode ser encontrado e derrotado.

   E agora? Quem está com a razão? Ethan ou seus amigos? Te garanto que a resposta é surpreendente e só o epílogo já valeu pelo livro inteiro. É claro que nem tudo é positivo: em algum ponto no meio da história fica difícil decidir para qual lado o autor está conduzindo a história, o ritmo fica mais lento e o enredo um pouco confuso. O saldo final, entretanto, é positivo e recomendo para todos aqueles que curtem o gênero e adoram descobrir um pouco mais sobre os lugares exóticos do nosso planeta.

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