Direção: Kenneth Branagh
Roteiro: Michael Green
Elenco: Penélope Cruz , Daisy Ridley , Johnny Depp , Michelle Pfeiffer ,
Josh Gad , Kenneth Branagh , Willem Dafoe
Gênero: Suspense, Policial
Classificação:
Sinopse:
O detetive Hercule Poirot (Kenneth Branagh) embarca de última hora no trem
Expresso do Oriente, graças à amizade que possui com Bouc (Tom Bateman), que
coordena a viagem. Já a bordo, ele conhece os demais passageiros e resiste à
insistente aproximação de Edward Ratchett (Johnny Depp), que deseja contratá-lo
para ser seu segurança particular. Na noite seguinte, Ratchett é morto em seu
vagão. Com a viagem momentaneamente interrompida devido a uma nevasca que fez
com que o trem descarrilhasse, Bouc convence Poirot para que use suas
habilidades dedutivas de forma a desvendar o crime cometido.
Resenha:
Chega aos cinemas esta semana mais uma adaptação de um dos mais conhecidos e
aclamados livros da famosa escritora Agatha Christie, com a missão de não se
tornar mais do mesmo – já que esta é a 4º vez que o livro é transformado em
outra mídia, duas para TV e duas para o cinema respectivamente. Quem ficou com
esta tarefa foi Kenneth Branagh (Thor, Cinderela) que além de dirigir também atua
como Hercule Poirot, o detetive cujo brilhantismo estampa todos os jornais. Com
uma premissa simples – uma viagem de trem no qual calhou do detetive estar no
lugar errado, na hora errada (ou no lugar certo, na hora certa, dependendo do
ponto de vista), um passageiro é assassinado e todos a bordo são suspeitos. Mais
intrigante que isso, impossível!
É
preciso dizem que Branagh realizou um excelente trabalho no quesito fotografia
e sua escolha por close-ups torna este filme é de encher os olhos. Luxuoso até
onde é possível e com uma paleta de cores bem sóbria, é inegável a imersão ao
ambiente confinado que o expresso causa. Todos os detalhes estão ali, palpáveis
e a apresentação dos personagens é feita de forma comedida, gradual e, como um
bom quebra cabeça, fazendo com que os espectadores colham as informações que
precisa para chegarem as próprias conclusões. “Há certo e errado, nada no meio
deles!” acredita Poirot... bem, chegaremos nesse ponto. Para aqueles que ficaram
com um pé atrás pela presença de Johnny Depp no filme, saibam que ele é a vítima
do infortuno assassinato e por mais não visual que seja, ainda assim choca pelos
detalhes.
O
problema deste longa não é a caricatura de Poirot, os breves momentos cômicos, ou
as tiradas que ele utiliza para formar ou questionar uma ideia/acontecimento. O
problema real deste filme é a inevitabilidade do previsível, pelo menos para os
mais atentos. Se você não se incomoda em descobrir o fim enquanto está no meio,
esta sessão será maravilhosa. Os erros de Branagh e Michael Green (roteirista),
são as escolhas feitas para mostrar seus suspeitos. Este é um filme cheio de
estrelas, no qual, a priori tudo que você consegue pensar é que este (a) ator/atriz
não foi contratado para fazer um papel tão pequeno e inexpressivo. Bom, sinto te
decepcionar, mas as vezes, aquela cena é tudo que eles têm para oferecer a
trama e não passará disso.
Assassinato
no Expresso do Oriente é um filme de mistério, em que muitas vezes passeia por vários
tons para tentar se equilibrar. É uma historia com um grande potencial, mas que
o desfecho pode decepcionar alguns. Eu disse alguns! Não me atrevo em dizer que
é um filme esquecível, longe disso, mas é o tipo de filme que diverte muito
mais do que intriga, mesmo permeando por lugares um tanto obscuros. Tenta
trazer questionamentos sociais sobre o que é certo nem sempre é o correto, mas nesse
quesito, o longa perde suas forças. Ainda assim pode agradar os mais desatentos
ou aqueles que não esperam um grande thriller policial. Dito isso, espero que tenha uma excelente
sessão.
Bom
Filme para você!
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