Resenha: Um Lugar Chamado Liberdade | Ken Follett

Título: Um lugar chamado liberdade
Autor: Ken Follet
Editora: Arqueiro
Número de páginas: 400
Classificação:Nenhum texto alternativo automático disponível.

Sinopse: Desde pequeno, Mack McAsh foi obrigado a trabalhar nas minas de carvão da família Jamisson e sempre ansiou por escapar. Porém, o sistema de escravidão na Escócia não possui brechas e a mínima infração é punida severamente. Sem perspectivas, ele se vê sozinho em seus ousados ideais libertários.Durante uma visita dos Jamissons à propriedade, Mack acaba encontrando uma aliada incomum: Lizzie Hallim, uma jovem bela e bem-nascida, mas presa em seu inferno pessoal, numa sociedade em que as mulheres devem ser submissas e não têm vontade própria.Apesar de separados por questões políticas e sociais, os dois estão ligados por sua apaixonante busca pela liberdade e verão o destino entrelaçar suas vidas de forma inexorável.Das fervilhantes ruas de Londres às vastas plantações de tabaco da Virgínia, passando pelos porões infernais dos navios de escravos, Mack e Lizzie protagonizam uma história de paixão e inconformismo em meio a lutas épicas que vão marcá-los para sempre.

Resenha

Antes de mais nada, já quero deixar claro que Ken Follet é o meu autor preferido, então sou um pouco suspeita ao falar que o livro é simplesmente perfeito. O motivo por ser tão apaixonada por ele é o fato dele conseguir escrever tão bem a história, que faz como se você também fizesse parte dela. Além disso, Ken Follet escreve livros históricos, baseados sempre em acontecimentos reais, colocando seus personagens muitas vezes como expectadores de fatos históricos inesquecíveis e importante, ou até mesmo como participantes do mesmo.

O livro se passa em meados do século XVIII, e conta a história de Mack McAsh, um escocês que sonha e busca por sua liberdade. Sempre atrás dos seus direitos, Mack recebe uma carta de um advogado que diz que ele tem a possibilidade de ser livre. A busca pela liberdade de Mack é incrível, a força que ela tem e a segurança e espírito de liderança que ele passa para as pessoas ao redor dele é estonteante, me senti até mesmo segura perto de Mack. E é incrível pensar que foi com histórias parecidas a dele que temos liberdade hoje.

Outro personagem que comanda a história é Lizzie Hallim, uma mulher que acaba entrando em falência junto com a mãe e se vê obrigada a mudar seu jeito de agir para casar-se com um homem nobre para conseguir se livrar da atual situação. Porém Lizzie não concorda que ela deve “andar como mulher”, “vestir-se como mulher” e não aceita quando te falam que não deve fazer algo porque “não é coisa de mulher”. Ela é o exemplo perfeito da feminista do século XVIII. Lizzie não é uma escrava como Mack, mas a busca dela por direitos de não ser submissa também é uma jornada encantadora. Como ela se impõe como mulher e deixa todos ao redor chocados, é incrível e comovente. Ela é uma inspiração.

Além deles dois, o livro conta também a história de Cora, uma prostituta que usa o seu charme para que sua ajudando, a pré-adolescente Peg, roube os clientes de Cora quando menos esperam. Elas ajudam a mostrar outra realidade que havia nessa época, tornando o ambiente muito mais real.

Nem preciso dizer o quanto o livro te prende a cada página. Os personagens são cativantes, e você termina o livro já com um sentimento de saudade, como se eles já fossem amigos de longa data.

Apesar de tratar de um assunto sério, o livro é de uma leitura leve, não se tornando pesado ao passar as páginas. Além de tudo, sempre há um toque de romance nos encontros casuais (ou não) de Lizzie e Mack, o que torna o livro bem mais tranquilo, divertido e cativante.  

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