Crítica | Tomb Raider - A Origem

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Título original: Tomb Raider
Direção: Roar Uthaug
Roteiro: Geneva Robertson-Dworet e Alastair Siddons (Screenplay - Roteiro), Evan Daugherty e Geneva Robertson-Dworet (Story - História)
Elenco: Alicia Vikander, Dominic West, Walton Goggins, Daniel Wu
Gênero: Ação / Aventura
Nacionalidade: EUA
Classificação: 
Sinopse: Aos 21 anos, Lara Croft (Alicia Vikander) leva a vida fazendo entregas de bicicleta pelas ruas de Londres, se recusando a assumir a companhia global do seu pai desaparecido (Dominic West) há sete anos, ideia que ela se recusa a aceitar. Tentando desvendar o sumiço do pai, ela decide largar tudo para ir até o último lugar onde ele esteve e inicia uma perigosa aventura numa ilha japonesa.


                                                    Crítica

Neste filme tem-se a adaptação parcial da nova franquia de jogos da série Tomb Raider lançada em 2013. Numa tentativa de apresentar a franquia para o grande público, os criadores frustram qualquer chance de experimentar estar na pele da protagonista. Quase sem falas, a história centra-se em ações contínuas. Saiba porque o filme falhou.

Uma dor para os amantes do jogo

Lara está totalmente dependente. O amigo intercede por ela,  o vilão é paciente, a figura paterna é um verdadeiro deus ex-machina, ou seja, surge como uma solução absurda para resolver o que os roteiristas não conseguiram. É desastroso ver o enredo do jogo ser esmiuçado e enfiado aleatoriamente ao longo das horas que o filme tem. Primeiro que ele apresenta uma história sobre o desenvolvimento da vida de Lara e salta para a aventura com um gancho muito frágil tornando o quebra-cabeça o início para o pesadelo.

O trabalho de efeitos especiais deixou a desejar em muitas cenas, sinalizando que a personagem foi reconstruída em 3D inúmeras vezes - o cenário igualmente. Por mais que tenham apresentado que Alicia Vikander ficou exposta em algumas cenas de ação, quando se assiste não convence porque é perceptível visualmente a diferença de uma reconstrução em 3D de figura humana para a figura real. O mesmo vale para cenários físicos que parecem não existir em boa quantidade. O filme se apoia na computação gráfica a ponto de não convencer enquanto realidade. Antes uma animação, seria mais empolgante.

Tomb Raider por sua vez tem uma boa fotografia, uma trilha sonora que sustenta o ambiente misterioso se utilizando bastante dos drones. Continuamente se utiliza de câmera nervosa para cenas de ação até quando a mesma ocorre no ringue de boxe. Será que custa tanto assim ensaiar e coreografar lutas? Se custa favor invistam porque esse estilo de filmar e fazer ação é o início da derrocada para a categoria.

As atuações em meio a esse caos são ruins e não emocionam porque está mecânica, focada puramente nas ações físicas. Esteticamente falando, os personagens são bastante similares aos do jogo mas isso não é o suficiente para segurar a trama.

Considerações

O filme possui cenas longas e desnecessárias que não acrescentam porque são transições preenchendo espaço. Não garante sentimento pela história nem afeição pelos personagens porque as atuações ficaram dependentes de um roteiro mecânico. Possui violência gratuita ao mostrar uma execução a sangue frio. E não cumpre com o principal - uma apresentação da Lara Croft forte, inteligente, decidida e independente.

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