Crítica | Vingadores: Guerra Infinita

Título: Vingadores: Guerra infinita

Direção: Anthony e Joe Russo

Elenco: Robert Downey Jr., Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Chris Evans, Scarlett Johansson, Benedict Cumberbatch, Don Cheadle, Tom Holland, Chadwick Boseman, Paul Bettany, Elizabeth Olsen, Anthony Mackie, Sebastian Stan, Danai Gurira, Letitia Wright, Dave Bautista, Zoe Saldana, Josh Brolin e Chris Pratt

Classificação:

Sinopse: Com o tortuoso objetivo de dizimar metade da população do universo, o titã Thanos (Josh Brolin) não medirá esforços para alcançar o seu propósito. Para concretizá-lo, o vilão precisará coletar todas as seis joias do infinito para obter o poder necessário para esse feito, contudo, algumas dessas joias estão nas mãos do Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) e Visão (Paul Bettany), o que será um empecilho para o titã. Os heróis da Terra e da galáxia terão que unir forças para tentar derrotar o inimigo em comum e só assim salvar o universo desse destino tenebroso.

O início do fim

Um dos filmes mais esperados do ano chegou as telonas do mundo inteiro nessa quinta-feira. Vingadores: Guerra infinita mal estreou e já quebrou o recorde de pré estreia do Universo Cinematográfico da Marvel – ultrapassando o recente Pantera Negra – ao arrecadar cerca de 39 milhões de dólares somente nos EUA. Estima-se que antes mesmo do primeiro final de semana de exibição, a produção distribuída pelo Walt Disney Studios Motion Pictures tenha arrecadado cerca de 134 milhões de dólares no mundo inteiro. Todo esse frenesi causado graças à estreia da 19ª película da Marvel se justifica pela temática da produção. Avengers: Infinity War (título original) representa o início do fim de um ciclo de heróis e histórias do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM).

Após 10 anos do início das produções que compõem o UCM, Guerra infinita vem para criar um novo momento para esse mundo. Por conter os Vingadores originais e seus membros mais novos, Doutor Estranho, Pantera Negra e até os Guardiões da Galáxia, a película levou os fãs a loucura ao pôr os mais queridos e diversos heróis para enfrentarem um inimigo em comum: Thanos. O confronto com esse titã espacial – cujo se mostrou o melhor de todos os vilões da cinematografia da Marvel – fará com que os espectadores fiquem na ponta da cadeira, roendo unhas e chorando durante suas duas horas e trinta minutos de duração. Existe uma única certeza ao adentrar uma sessão de Infinity War: você sairá dela completamente boquiaberto.

Para entender o filme em sua totalidade é preciso, antes de tudo, entender que ele se trata de algo muito maior. Todas as produções feitas anteriormente (todas as dezoito) foram criadas com o objetivo único de levar a história até este ponto crucial do UCM. O hype crescente das películas da Marvel foram engrandecendo aos poucos suas histórias para que se pudesse chegar ao ápice de grandiosidade que Guerra infinita necessita. Pois a missão foi cumprida com maestria. Nunca houve uma produção da Marvel Studios tão poderosa, completa e estupidamente precisa como essa. O 19º filme marca o cinema de heróis por ter elevado o jogo para um outro nível.

Do início ao fim, a odisseia dos super-heróis se mostra sombria e caótica. A tensão que envolve a narrativa feita por Christopher Markus e Stephen McFeely – cujo também roteirizaram a trilogia do Capitão América: O primeiro vingador (2011), O soldado invernal (2014) e Guerra civil (2016) – é exímia e eleva a história para um caminho não muito explorado nesse universo. O ar mortal que emana graças a presença poderosa e avassaladora de Thanos dá um toque diferenciado a película. A construção do vilão e todo o caos que o rodeia foram perfeitamente lapidados e entregues para o público da maneira mais incrível possível. Além disso, a união de tantas personagens foi feita muito bem. Ou seja, o que poderia ser a derrocada de Guerra infinita tornou-se sua maior aliada graças a maestria dos roteiristas. De longe esse foi o melhor desempenho de Markus e McFeely dentro do UCM – ultrapassando até mesmo os extraordinários O soldado invernal e Guerra civil.

Outro ponto de destaque no filme são os irmãos Russo. Anthony e Joe já dirigiram alguns dos melhores e mais bem trabalhados longas-metragens do UCM e agora estão à frente do final desse terceiro ciclo. Seus trabalhos já excepcionais com os dois últimos longas do Capitão América se tornam algo simples ao lado da magnitude de Guerra infinita. As diversas sequências em espaços e personagens completamente diferentes foram extraordinárias, as cenas de batalha que foram muito bem pensadas e filmadas, os diferentes usos de angulação, planos muito bem colocados; em suma, os irmãos Russo se mostraram ainda mais capazes e cheios de qualidades técnicas com esse trabalho.

Daqui para frente, existe uma única certeza sobre o futuro do Universo Cinematográfico da Marvel: a cada filme novo e/ou personagem inédito que eles acrescentarem nas histórias, um novo sucesso estrondoso pode vir. Não se espera nada menos que isso diante da exuberância e grandeza de Vingadores: Guerra infinita. Os fãs seguirão sedentos pela continuação desse capítulo final da terceira fase da Marvel e, ao mesmo tempo, a cobrança de qualidade será sempre crescente. Não há mais espaços para falhas, embora não se espere nada além da perfeição vinda dos próximos projetos da Marvel Studios. A nova fase do UCM já começou e promete muito. O que resta agora é aguardar os capítulos seguintes dessa história cujo vai surpreender o espectador ainda mais.

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