Resenha: Anjos à Mesa | Debbie Macomber

Título: Anjos à mesa
Autora: Debbie Macomber
Editora: Novo Conceito
Classificação: 

Sinopse: Shirley, Goodness e Mercy sabem que o trabalho de um anjo é interminável - especialmente na véspera do Ano-novo. Ao lado de seu novo aprendiz, o anjo Will, elas se preparam para entrar em ação na festa de um de ano da Times Square. Quando Will identifica dois solitários no meio da multidão, ele decide que a meia-noite será o momento perfeito para dar aquele empurrãozinho divino de que eles precisam para acabar com a solidão. Então, por "acidente", Lucie Ferrara e Aren Fairchild esbarram-se no meio da alegria da festa, mas, assim como se aproximam, acabam se perdendo: um encontro marcado que não acontece os afasta pelo resto da vida. Ou será que não? Um ano depois, Lucie é a chef de um novo e aclamado restaurante, e Aren é um colunista de sucesso em um grande jornal de Nova York. Durante todo o ano que passou, os dois não se esqueceram daquela noite. Shirley, Goodness, Mercy e Will também não se esqueceram do casal... Para uni-los novamente, os anjos vão usar uma receita antiga e certeira: amor verdadeiro mais uma segunda chance (e uma boa dose de confusão), para criar um inesquecível milagre de Natal.



Resenha

Anjos à Mesa é o último de sete livros que compõem a saga "Angels Everywhere". Desta vez a autora Debbie Macomber traz as anjas Shirley, Goodness e Mercy treinando o jovem Will, que almeja ser um Embaixador de Oração assim como suas tutoras. O problema é que esse trio é especialista mesmo em se meter em confusão (o que invariavelmente rende alguns puxões de orelha do arcanjo Gabriel) e acaba levando o pobre novato para o mesmo caminho.

Nesta obra temos as desventuras de Lucie Ferrara e Aren Fairchild, vítimas das intervenções dos anjinhos... Lucie é uma jovem decidida que depois de algumas desilusões afirma não ter mais tempo para o amor e passa a focar em sua carreira como chef de cozinha. Já Aren é um jornalista recém-chegado a Nova York e assim como Lucie carrega algumas marcas de relacionamentos anteriores que ainda lhe doem. Os dois seguem suas vidas com resignação, fazendo as escolhas que lhe parecem adequadas, até serem confrontados com o talento incontestável dos seres celestiais para bagunçar os destinos.

Shirley é a mais antiga do quarteto; experiente, a Anjo da Guarda é a que mais faz ponderações antes de tomar decisões e tenta dissuadir suas amigas de se meterem em enrascadas. Mercy é a (que carrega a fama de) encrenqueira e perdeu a paciência com os humanos tantas vezes que nem consegue mais se lembrar. Goodness é um verdadeiro prodígio na arte de arrumar confusão na Terra, tudo porque não resiste ao fascínio pelas tecnologias humanas. Já Will... Bem, esse parece não compreender a estupidez humana e tampouco respeitar o livre arbítrio que os habitantes da Terra possuem.

E foi justamente após uma das "mãozinhas" que Will insiste em dar aos homens que Lucie e Aren se cruzam pela primeira vez. Essa parte da história parece se encaminhar para um romance água com açúcar e ter um final feliz até que a realidade se impõe e Gabriel aparece para lembrar que os desígnios divinos não podem ser burlados sem que haja consequências terríveis. Arrependido, o quarteto acompanha de longe o desenrolar da vida de seus protegidos até ter a oportunidade de consertar o erro. Mas Macomber não facilita as coisas para nenhum de seus personagens e numa sucessão de eventos inacreditáveis tudo consegue ficar pior do que estava.

Em paralelo, a autora desenvolve a história de Josie, irmã de Aren, que também vive seu quinhão de sofrimento após o fim do romance com o amor da sua vida e de Wendy, mãe de Lucie, que, a despeito da doença crônica que possui, não perde a fé e é a maior incentivadora que a filha poderia ter. 

Muitas idas e vindas, trapalhadas, desencontros e, sobretudo, egos feridos depois, os trens entram nos trilhos e conduzem seus passageiros para a felicidade e plenitude. O final é previsível - e talvez este fato seja a grande cartada: Macomber sequer tenta inventar a pólvora, entrega sem cerimônias o que o leitor prevê e deseja. 

Escritora de sucesso, já tendo publicado mais de 100 livros e vendido mais de 170 milhões de exemplares, Debbie produz best-sellers na mesma velocidade em que seus leitores devoram suas obras. Anjos à Mesa tem uma leitura fácil, faz rir em vários momentos e ajuda a passar o tempo. Não tem uma narrativa intrincada nem grandes reviravoltas, mas ganha pontos pela leveza. Super indico para quem curte as comédias românticas de Hollywood!

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