Crítica | Gnomeu e Julieta: O mistério dos jardins

Título: Gnomeu e Julieta: O mistério dos jardins
Direção: John Stevenson
Elenco: James McAvoy, Emily Blunt, Johnny Depp, Chiwetel Ejiofor e Mary J. Blige
Classificação:  


Sinopse: Após se mudarem para Londres, Gnomeu (James McAvoy) e Julieta (Emily Blunt) acabam sendo encarregados como os cuidadores do jardim. Com essa responsabilidade de tornar sua nova casa em algo belo e bem cuidado, o casal acaba brigando e Gnomeu decide fazer um ato apaixonado para se desculpar com Julieta. Todo o plano do gnomo dá errado e, ao retornarem para casa, os dois gnomos percebem que todos os seus amigos estão desaparecidos. A salvação dessa situação acontece quando Gnomeu e Julieta se encontram com Sherlock Gnomes (Johnny Depp) e seu companheiro de mistérios, o Dr. Watson (Chiwetel Ejiofor), cujo estão investigando sumiços de gnomos por toda a capital inglesa.

Um cross-over que vale a pena

O cinema tem o poder de formar e fortificar laços. O nicho cinematográfico das animações tem uma função ainda maior: a função de mover gerações. São durante as suas sessões que pais e filhos estreitam os seus laços de proximidade e as crianças criam algumas de suas melhores memórias da infância. Afinal, quem não lembra da sua primeira animação num cinema?

A esperada sequência de Gnomeu e Julieta (2011)  sucesso de bilheteria da Touchstone Pictures – enfim chega às telonas para alegria de todos. Com um roteiro criativo e inteligente, a animação é capaz de divertir a criançada e entreter os mais velhos com todo o mistério da narrativa. Cheia de referências literárias, a trama incorpora dois dos mais célebres personagens da literatura inglesa, Sherlock e Watson, numa aventura brilhante regida pelo inesperado.

Baseado nas obras de Shakespeare e Conan Doyle, o roteirista Ben Zazove deu continuidade a história de uma maneira inimaginável. A inserção da dupla londrina foi uma sacada fantástica para dar continuidade a narrativa dos gnomos. Possa ser que Zazove tenha se excedido em certos pontos, mas o resultado final permanece sendo algo agradável para todo tipo de espectador. Os excessos do roteiro não são capazes de estragar a inteligente costura feita entre os clássicos literários.

A estreia do filme não rendeu a bilheteria esperada pelo estúdio. Com um orçamento maior que o primeiro longa-metragem, a sequência nem chegou ainda aos 80 milhões de dólares arrecadados. O resultado ruim deve-se, provavelmente, as críticas negativas que, em sua maioria, focam nos excessos de Zazove. A probabilidade de existir um outro filme após esses resultados é bem pequena – o que é triste, uma vez que essas histórias são, de certa forma, uma iniciação literária para o público infantil.

O longa, apesar de tudo isso, é divertido e merece a atenção do público infantil. Se você cogita levar seu filho para assistir Gnomeu e Julieta: O mistério dos jardins, faça isso. Não haverá arrependimento algum porque a diversão é garantida. Além do mais, essa pode ser a animação que vai marcar a infância de diversas crianças. Um bom filme que merece a sua atenção.

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