Crítica | Sexy por acidente



Título original: I feel pretty
Direção: Abby Kohn, Marc Silverstein
Roteiro: Abby Kohn, Marc Silverstein
Elenco: Amy Schumer, Michelle Williams, Rory Scovel, Adrian Martinez
Gênero: Comédia
Nacionalidade: EUA, China
Classificação:
Sinopse: Renee (Amy Schumer), uma mulher comum, luta diariamente com sua insegurança. Depois de cair de bicicleta e bater a cabeça, ela de repente acorda acreditando ser a mulher maiz capaz e bonita do mundo. E com isso Renee começa a viver a vida mais confiante e sem medo das falhas.


                                                                   Crítica
Situações reais e que poderiam acontecer com qualquer pessoa em condições de sobrepeso. Situações humilhantes, olhares, tratamento hostil. O mundo dos padrões não aceita exceções. Em I feel pretty, a direção tem um olhar cuidadoso, diferenciando situações cômicas de sérias.
A história apresenta pautas sobre autoimagem, indústria da moda, cosmética e autoestima afetada por visão distorcida da realidade. Denuncia indiretamente o comportamento da sociedade e da indústria que destrói a autoconfiança das mulheres ao longo do tempo para que elas necessitem dos produtos oferecidos por ela.
Fazendo referência ao filme O diabo veste prada em algumas cenas, a trama vai para uma perspectiva diferente. A personagem principal sabe quem é, sabe que não é aceita pela sociedade em que vive e costuma se depreciar com seus comentários ácidos a respeito da realidade que a permeia. No entanto, o filme apresenta as situaçoẽs de maneira descontraída e não pelo viés militante.
A interpretação de Amy Schumer cumpre com o necessário para a personagem, sendo bastante enfática no momento em que sua autoestima está em baixa e alta. Os personagens coadjuvantes servem de escada para que sua personagem cresça ao longo da narrativa não aparecendo nenhum grande destaque além de Adrian Martinez, que interpreta o colega de trabalho de Amy no escritório em ChinaTown.
O filme consegue entreter, comover e suscitar a reflexão com discussões pertinentes e que geram desconforto de serem debatidas. Aqui a utilização de cenas de alta carga dramática e música para comoção do público são certeiras. Esse filme se torna um golpe na reflexão da autoimagem. I feel pretty é um convite para repensar o olhar sobre si mesmo.

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