Crítica | Oito Mulheres e um Segredo


Titulo: Oito Mulheres e um segredo | Ocean's 8
Direção: Gary Ross
Roteiro: Gary Ross, Olivia Milch
Classificação:
Elenco:Sandra Bullock, Cate Blanchett, Sarah Paulson, Helena Bonham Carter, Anne Hathaway, Rihanna, Mindy Kaling, Awkwafina, Richard Armitage, James Corden. 
Sinopse:Recém-saída da prisão, Debbie Ocean (Sandra Bullock) planeja executar o assalto do século em pleno Met Gala, em Nova York, com o apoio de Lou (Cate Blanchett), Nine Ball (Rihanna), Amita (Mindy Kaling), Constance (Awkwafina), Rose (Helena Bonham Carter), Daphne Kluger (Anne Hathaway) e Tammy (Sarah Paulson).
                        Crítica

Você é fã da trilogia Ocean’s? Quer ir ao cinema para se divertir? Este é o filme perfeito para você. Oito Mulheres e um segredo é o longa mais despretensioso lançado em 2018, embora isso não seja demérito nenhum. Com uma premissa descomplicada, o filme faz jus a seus antecessores, tendo o mesmo nível de comédia, química e sacadas inteligentes.

A história é simples: Debbie Ocean, vivida por Sandra Bullock, é a irmã de Danny Ocean (George Clooney, e não, ele não faz uma participação aqui), que acabou se sair da cadeia em condicional e logo de cara já te mostra que o gosto pelo crime é realmente algo de família. Ela arquiteta um plano: roubar joias, mais precisamente, um colar com muitos diamantes. Assim como Danny tinha Rusty (vivido por Brad Pitt no remake), aqui, a melhor amiga e aquela que a ajuda a recrutar pessoas é Lou (Cate Blanchett). É inegável a química das duas é uma das coisas que mais abrilhantam o filme, sendo um dos maiores acertos do longa. Falando em brilhantismo, é preciso falar do seu ponto mais alto: elenco. Além de Sandra e Cate temos uma excêntrica Helena Bonham Carter, uma Sarah Paulson tentando ser uma dona de casa exemplar e falhando miseravelmente, Awkwafina como uma ladra sagaz, Mindy Kaling, cujos problema real é não ser valorizada pela mãe, Rihanna como uma hacker marrenta e a vítima do golpe, uma Anne Hathaway inacreditavelmente fútil, mas não a subestime, não há espaço para o estereótipo mulher burra aqui.

Gary Ross olhou o trabalho de Steven Soderbergh de perto, dando a versão feminina do remake de 2001, uma experiencia muito parecida. Isso relaciona diretamente com os cortes entre uma cena e outra, as conversas triviais muito presentes nos anteriores, até a trilha sonora. Ainda assim, o filme se dá ao luxo de não ser uma cópia, mostrando que é possível seguir a formula e modifica-la sem grandes problemas. É comum sentir cansaço ou até mesmo um pouco de tédio no meio do filme, mas isso é rotineiro, já que é necessário um respiro entre um começo e um final muito avassalador.

Oito Mulheres e Um Segredo é a prova de filme bom não tem gênero. Ele não se atreve a dizer que é um filme apenas para mulheres, porque, acredite, ele não é! É um filme para entreter e tem a ousadia de causar a estranheza em fazer o público torcer para que as ladras sejam muito bem-sucedidas. Com um roteiro bem escrito, respeitando as particularidades de cada uma de suas protagonistas, é um longa extremamente carismático. Caso esteja preocupado(a) com as previsibilidades, apenas te digo que certamente irá se surpreender. Quando as luzes se acendem, é impossível não sair da sala com um sorriso nos lábios e um calor no coração, pensando: será que eu seria capaz de arquitetar um plano desses?

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