Crítica | Missão Impossível: Efeito Fallout

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Título original: Mission: Impossible Fallout
Direção: Christopher McQuarrie
Roteiro: Christopher McQuarrie, Bruce Geller 
Elenco: Tom Cruise, Henry Cavill, Ving Rhames
Gênero: Ação/Espionagem
Nacionalidade: EUA
Classificação:

 Sinopse: Obrigado a unir forças com o agente especial da CIA August Walker (Henry Cavill) para mais uma missão impossível, Ethan Hunt (Tom Cruise) se vê novamente cara a cara com Solomon Lane (Sean Harris) e preso numa teia que envolve velhos conhecidos movidos por interesses misteriosos e contatos de moral duvidosa. Atormentado por decisões do passado que retornam para assombrá-lo, Hunt precisa se resolver com seus sentimentos e impedir que uma catastrófica explosão ocorra, no que conta com a ajuda dos amigos de IMF.


Crítica

A história com o mesmo plot sempre. A graça da franquia Missão Impossível certamente é o fato do Tom Cruise não utilizar dublê. Gravando o sexto filme da franquia, numa das cenas de salto em prédio em Londres, ele acabou quebrando seu tornozelo, gerando um atraso nas filmagens e engrossando os gastos em cerca de 250 milhões de dólares. O ator não refez a cena, então o que vemos no filme é o acidente.

As cenas são bem filmadas, tem um acompanhamento de ações e cortes fluidos. A coreografia de luta foi bem executada, tornando tais momentos agradáveis de se assistir. O roteiro divide os atos em tempo adequado. A fotografia e o tratamento de cor estão adequados para o esperado em filmes do gênero. Tecnicamente falando o filme é bem feito. Assisti em 3D e foi possível notar que o mesmo se faz desnecessário porque estraga mais o que fora filmado do que ajuda.

O que sinto falta na franquia são riscos maiores para o agente Hunt e sua equipe. As situações de perigo que seus aliados sofrem são facilmente solucionadas. Missão Impossível perde a graça porque em momento algum o filme dá brecha para o espectador duvidar da capacidade de Hunt. Ele sempre consegue resolver por mais absurdo que pareça a resolução do problema. Exemplo, um elemento em contagem regressiva não gera estado de suspensão que suscite dúvida ou apreensão.

Algumas soluções beiram o deus ex-machina e salvam o Ethan Hunt de várias situações em que ele morreria. O mesmo não sofre agressões sérias, nenhum tiro o acerta. O que salva Efeito Fallout é a participação do agente August Walker que foi recrutado para ajudar Ethan a encontrar John Lark para impedir que uma explosão que geraria a morte de milhões de pessoas ocorra. Até onde Ethan está do lado de quem quer de fato ajudar as pessoas? Esse é um dos questionamentos que o filme apresenta.

Além disso, o filme desenvolve pouco sobre o universo da espionagem, poderia apresentar questões mais pertinentes de modo que o universo se tornasse menos caricato e mais aprofundado sobre os impactos que tais redes geram na vida das pessoas.

Simbolicamente é possível concluir que o Ethan representa os EUA em seus princípios de lealdade cega a sua pátria, sempre cumprindo o que lhe for solicitado - salvando o mundo do “grande mal”. O grande mal é representado por terroristas ou levantes populares que visam derrubar o sistema vigente utilizando métodos pouco ortodoxos porém de grande impacto. Ethan enquanto soldado apoia aquele que controla os demais sistemas que são vistos como inimigos da paz e da ordem que vigora.

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