
Título original: Mission: Impossible Fallout
Direção: Christopher McQuarrie
O que sinto falta na franquia são riscos maiores para o agente Hunt e sua equipe. As situações de perigo que seus aliados sofrem são facilmente solucionadas. Missão Impossível perde a graça porque em momento algum o filme dá brecha para o espectador duvidar da capacidade de Hunt. Ele sempre consegue resolver por mais absurdo que pareça a resolução do problema. Exemplo, um elemento em contagem regressiva não gera estado de suspensão que suscite dúvida ou apreensão.
Algumas soluções beiram o deus ex-machina e salvam o Ethan Hunt de várias situações em que ele morreria. O mesmo não sofre agressões sérias, nenhum tiro o acerta. O que salva Efeito Fallout é a participação do agente August Walker que foi recrutado para ajudar Ethan a encontrar John Lark para impedir que uma explosão que geraria a morte de milhões de pessoas ocorra. Até onde Ethan está do lado de quem quer de fato ajudar as pessoas? Esse é um dos questionamentos que o filme apresenta.
Além disso, o filme desenvolve pouco sobre o universo da espionagem, poderia apresentar questões mais pertinentes de modo que o universo se tornasse menos caricato e mais aprofundado sobre os impactos que tais redes geram na vida das pessoas.
Simbolicamente é possível concluir que o Ethan representa os EUA em seus princípios de lealdade cega a sua pátria, sempre cumprindo o que lhe for solicitado - salvando o mundo do “grande mal”. O grande mal é representado por terroristas ou levantes populares que visam derrubar o sistema vigente utilizando métodos pouco ortodoxos porém de grande impacto. Ethan enquanto soldado apoia aquele que controla os demais sistemas que são vistos como inimigos da paz e da ordem que vigora.
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