Crítica| Todo Dia


Título: Todo Dia ( Every Day)
Direção: Michael Sucsy
Elenco: Angourie Rice, Justice Smith, Debby RyanMaria Bello e Jacob Batalon
Gênero: Romance adolescente,ficção.
Sinopse:Baseado no aclamado best-seller do The New York Times de David Levithan, "Todo Dia" conta a história de Rhiannon, uma garota de 16 anos que se apaixona por uma alma misteriosa chamada "A" que habita um corpo diferente todos os dias. Sentindo uma conexão incomparável, Rhiannon e A trabalham todos os dias para encontrar um ao outro, sem saber o que ou quem o próximo dia irá reservar. Quanto mais os dois se apaixonam, mais as realidades de amar alguém que é uma pessoa diferente a cada 24 horas afeta eles, levando o casal a enfrentar a decisão mais difícil que eles já tiveram que tomar.

Crítica
Eu tenho que ser sincera, a um mês atrás nem fazia ideia da existência desse filme daí imediatamente após ver o trailer ganhou a minha atenção por apresentar alguns temáticas sobre adolescência, crescimento e aquele mistério sobre como algo impossível poderia se dar que muito me instigam.


O que acontece é que temos que ter um pouco de paciência com o filme para ele se desenvolver, pois em seus minutos iniciais pode muito bem ser confundido com um filme qualquer clichê adolescente e vazio.

A película em si trás elementos super interessantes baseados nesse livro de mesmo nome em que uma alma sem gênero a cada 24 horas se encontra num corpo de outra pessoa diferente, é uma metáfora tão poderosa que não pude deixar de pensar o que essa experiência poderia nos ensinar como seres humanos, porque A não é um homem ou mulher é apenas um ser que nem um corpo para chamar de seu possui.

E mesmo assim ao conhecer a Rhiannon (nome estranho mesmo rs) passam a compartilhar sensações, experiências, confidências e um puro e clássico primeiro amor! OWWWWWNT, eu sei me derreti bastante não vou negar, é mesmo uma boa narrativa sobre se apaixonar perdidamente por alguém e se permitir viver intensamente sem se importar com questões de origem, sociais, financeiras e o fato de que no filme nem mesmo é o mesmo corpo/aparência (o que para mim veio alguns questionamentos que o filme o tempo todo sutilmente faz: O que te torna você? Seus traços físicos? As pessoas ou vidas que somos capazes de tocar? O que me identifica como esse ser único na face da Terra? São muitos os questionamentos possíveis, um mais existencial que o outro)  o que só eleva as coisas por assim dizer e isso não mudaria absolutamente nada em como se sentem em relação ao outro.

 Eu sei que é uma forma irreal de apresentar as coisas, mas nos serve como auxilio para pensar uma série de preconceitos que possamos ter. 

É uma história adorável e muito fofa mesmo mas creio que consegue despretensiosamente ir um pouco além disso E DIGO ISSO COM MUITA FELICIDADE ao constatar que temas como esses estão sendo produzidos, pensados e lançados para o grande público. Acredito no poder  da arte tem em nos ajudar a enxergar, refletir e mudar nossa realidade, e claro por algum tempo com sorte nos levar para algum lugar novo!


                                               Por Ana Paula Santos

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