Autor: John Sack
Editora: Arqueiro
Páginas: 440
Editora: Arqueiro
Páginas: 440
Classificação: 
Sinopse: Em 1230, quando as cinzas de São Francisco passava houve um ataque a comitiva na cidade de Assis para roubar as cinzas do santo, afim de esconder o verdadeiro local onde estava enterrado as cinzas de seu patrono. 41 anos depois, o Frei Conrad recebe uma estranha carta de seu mentor, o Frei Leo. Tal carta desencadeará um grande segredo escondido pela Ordem, colocando a história do Santo em risco.
Disclaimer:
Sinopse: Em 1230, quando as cinzas de São Francisco passava houve um ataque a comitiva na cidade de Assis para roubar as cinzas do santo, afim de esconder o verdadeiro local onde estava enterrado as cinzas de seu patrono. 41 anos depois, o Frei Conrad recebe uma estranha carta de seu mentor, o Frei Leo. Tal carta desencadeará um grande segredo escondido pela Ordem, colocando a história do Santo em risco.
Disclaimer:
O livro envolve alguns contextos históricos. Talvez seja impossível não falar deles e, por consequência, talvez role algum spoiler. Mas absolutamente nada que estrague a experiência da leitura, afinal, de certa maneira, história (humanidade mesmo) não é spoiler.
Resenha - Servite pauperes Christi:
Primeiramente, o livro se passa na Itália após a morte de São Francisco de Assis.
O Santo foi conhecido por ser o santo protetor dos animais, viveu em extrema pobreza como andarilho. Ouviu o chamado de Deus e, desde então, dedicou-se a cuidar da igreja de Cristo e dos pobres. Faleceu em outubro de 1226, em sua cidade natal.
A ordem dos Franciscanos, conhecida como "Ordem dos Irmãos Mendigos de Assis", existe até hoje. Curiosidade, no Brasil, ela é representada pela "Toca de Assis". A Cruz de São Francisco - ou o Tao, por lembrar o formato da letra no alfabeto grego - é um símbolo até hoje da Ordem. Basicamente é um cordão amarrado por três nós, simbolizando os votos do Santo - castidade, obediência e pobreza.
Segundo a biografia do santo, em algum momento ele se decepcionou por algum motivo e se isolou junto aos animais. Pois bem, o autor explora essa decepção de São Francisco para elaborar a personalidade dos frades que acompanhavam o Santo em sua peregrinação. Um dos lemas da ordem são os termos em latim "Servite pauperes Christi" que quer dizer, "Servindo os pobres de Cristo", motivo pelo qual a Ordem é totalmente devota.
Esse é um super resumo da história de São Francisco de Assis. A morte dele é acreditada no livro como algo divino, como se tivesse sido levado pelos anjos. E é um aspecto da trama.
Então, o autor se aproveita desses dois aspectos, digamos que, duvidosos para explorar a trama da Conspiração Franciscana.
Quanto aos personagens, os femininos são muito fortes. Há que se dizer que na época que a história se passa, pouquíssimas mulheres possuem seu nome na História, talvez por isso, a primeira personagem mulher precisa se disfarçar de homem para entregar a mensagem que é o estopim da trama. Aliás, hora de dar nome aos personagens principais da história.
O Frei Conrad é um sábio da Ordem dos franciscanos. Antes de servir, era conhecido por ser um homem letrado e de conhecimento. Utilizador do método científico. O livro fala quando se dá a conversão dele -, mesmo não abandonando esses aspectos - mas esse e alguns outros spoilers sobre a personalidade do Frei não darei.
Ele foi o escolhido para receber a última mensagem do frei Leo - um dos companheiros que viram a morte de São Francisco - com os seguintes dizeres:
"Sirva os pobres de Cristo. Frei Jacobá sabe muito sobre a submissão perfeita. Quem mutilou o Companheiro? De onde veio o serafim? O primeiro de Tomás marca o começo da cegueira; o Testamento derrama os primeiros fragmentos de luz. As unhas do leproso morto tem uma crosta de verdade. Servite pauperes Christi"
Preocupado com a mensagem e percebendo o teor dela, Frei Conrad decide ir até a cidade que o Santo faleceu para obter respostas.
Amata di Coldimezzo é uma mulher que viu sua família ser atacada e executada no ataque a sua villa (villa é o nome do lugar onde as fazendas italianas ficavam). Perdeu todos seus familiares e fugiu da Villa, se escondendo em um convento das irmãs de São Damião. Até o fim do primeiro ato do livro, ela é companheira do Frei Conrad em sua jornada de descoberta. Amata é perspicaz. É uma das personagens mais inteligentes e ousadas, tendo na relação com Conrad uma relação de opostos. Como se os novos costumes encontrassem de frente com os velhos. Uma colisão que, normalmente não termina bem, mas com os dois formam uma bela mistura na trama.
Orfeo di Bernardone (mesmo sobrenome de Francisco) - é um marinheiro que sonha viajar o mundo. O livro diz que ele é grande amigo de Marco Polo (o das navegações, aquele que chegou a China), mas possui um objetivo nobre. Libertar uma escrava que seu pai possui. Por causa desse objetivo, livrou-se de seu sobrenome e foi deserdado pelo pai Ângelo.
As descrições parecem ser algo trivial, mas servem só para dar uma base em cada personagem. A trama não possui problemas referente a descrição dos mesmos. Para mim, um dos únicos problemas desse livro é que, em partes, é um livro lento. Eu mesmo demorei quase 1 mês para terminar a leitura. É obrigatorio que, quando o leitor resolver ler essa bela história, deguste a mesma como se tivesse degustando um prato que nunca mais degustaria, para guardar o gosto para sempre.
Concluindo...
A trama sendo dividida em 3 atos ajuda a formação dos personagens, principalmente a personagem Amata. Embora discorde do drama mexicano que a história dela conduz, a participação dela para a resolução da trama é vital e interessante.
Já disse um dos problemas do livro lá em cima, o outro, é que, dos três personagens que eu citei como "principais", o desenvolvimento deles é muito desnivelado. Não se desenvolvem ao mesmo tempo. Não que isso tenha me incomodado. Talvez em algum outro livro com outro tipo de história (caso vocês tenham ouvido falar de "Elantris" do Brandon Sanderson, é desse tipo de desenvolvimento de personagem que eu estou falando, certeza que é um dos piores livros que eu li), mas pelo fato de ser uma história passada no Século XIII dá pra aceitar - a vida medieval não era tão movimentada quanto GoT nos mostra...
Apesar desses problemas, dá pra recomendar com gosto. A conspiração Franciscana é um daqueles livros que você lê antes de dormir. 2 capítulos por noite. Já que dizem que a última coisa que você realmente presta atenção você tende a sonhar com ela - nada comprovado, só dito popular mesmo - a possibilidade de viajar para a Itália medieval é um grande atrativo.
Servite pauperes Christi
Primeiramente, o livro se passa na Itália após a morte de São Francisco de Assis.
O Santo foi conhecido por ser o santo protetor dos animais, viveu em extrema pobreza como andarilho. Ouviu o chamado de Deus e, desde então, dedicou-se a cuidar da igreja de Cristo e dos pobres. Faleceu em outubro de 1226, em sua cidade natal.
A ordem dos Franciscanos, conhecida como "Ordem dos Irmãos Mendigos de Assis", existe até hoje. Curiosidade, no Brasil, ela é representada pela "Toca de Assis". A Cruz de São Francisco - ou o Tao, por lembrar o formato da letra no alfabeto grego - é um símbolo até hoje da Ordem. Basicamente é um cordão amarrado por três nós, simbolizando os votos do Santo - castidade, obediência e pobreza.
Segundo a biografia do santo, em algum momento ele se decepcionou por algum motivo e se isolou junto aos animais. Pois bem, o autor explora essa decepção de São Francisco para elaborar a personalidade dos frades que acompanhavam o Santo em sua peregrinação. Um dos lemas da ordem são os termos em latim "Servite pauperes Christi" que quer dizer, "Servindo os pobres de Cristo", motivo pelo qual a Ordem é totalmente devota.
Esse é um super resumo da história de São Francisco de Assis. A morte dele é acreditada no livro como algo divino, como se tivesse sido levado pelos anjos. E é um aspecto da trama.
Então, o autor se aproveita desses dois aspectos, digamos que, duvidosos para explorar a trama da Conspiração Franciscana.
Quanto aos personagens, os femininos são muito fortes. Há que se dizer que na época que a história se passa, pouquíssimas mulheres possuem seu nome na História, talvez por isso, a primeira personagem mulher precisa se disfarçar de homem para entregar a mensagem que é o estopim da trama. Aliás, hora de dar nome aos personagens principais da história.
O Frei Conrad é um sábio da Ordem dos franciscanos. Antes de servir, era conhecido por ser um homem letrado e de conhecimento. Utilizador do método científico. O livro fala quando se dá a conversão dele -, mesmo não abandonando esses aspectos - mas esse e alguns outros spoilers sobre a personalidade do Frei não darei.
Ele foi o escolhido para receber a última mensagem do frei Leo - um dos companheiros que viram a morte de São Francisco - com os seguintes dizeres:
"Sirva os pobres de Cristo. Frei Jacobá sabe muito sobre a submissão perfeita. Quem mutilou o Companheiro? De onde veio o serafim? O primeiro de Tomás marca o começo da cegueira; o Testamento derrama os primeiros fragmentos de luz. As unhas do leproso morto tem uma crosta de verdade. Servite pauperes Christi"
Preocupado com a mensagem e percebendo o teor dela, Frei Conrad decide ir até a cidade que o Santo faleceu para obter respostas.
Amata di Coldimezzo é uma mulher que viu sua família ser atacada e executada no ataque a sua villa (villa é o nome do lugar onde as fazendas italianas ficavam). Perdeu todos seus familiares e fugiu da Villa, se escondendo em um convento das irmãs de São Damião. Até o fim do primeiro ato do livro, ela é companheira do Frei Conrad em sua jornada de descoberta. Amata é perspicaz. É uma das personagens mais inteligentes e ousadas, tendo na relação com Conrad uma relação de opostos. Como se os novos costumes encontrassem de frente com os velhos. Uma colisão que, normalmente não termina bem, mas com os dois formam uma bela mistura na trama.
Orfeo di Bernardone (mesmo sobrenome de Francisco) - é um marinheiro que sonha viajar o mundo. O livro diz que ele é grande amigo de Marco Polo (o das navegações, aquele que chegou a China), mas possui um objetivo nobre. Libertar uma escrava que seu pai possui. Por causa desse objetivo, livrou-se de seu sobrenome e foi deserdado pelo pai Ângelo.
As descrições parecem ser algo trivial, mas servem só para dar uma base em cada personagem. A trama não possui problemas referente a descrição dos mesmos. Para mim, um dos únicos problemas desse livro é que, em partes, é um livro lento. Eu mesmo demorei quase 1 mês para terminar a leitura. É obrigatorio que, quando o leitor resolver ler essa bela história, deguste a mesma como se tivesse degustando um prato que nunca mais degustaria, para guardar o gosto para sempre.
Concluindo...
A trama sendo dividida em 3 atos ajuda a formação dos personagens, principalmente a personagem Amata. Embora discorde do drama mexicano que a história dela conduz, a participação dela para a resolução da trama é vital e interessante.
Já disse um dos problemas do livro lá em cima, o outro, é que, dos três personagens que eu citei como "principais", o desenvolvimento deles é muito desnivelado. Não se desenvolvem ao mesmo tempo. Não que isso tenha me incomodado. Talvez em algum outro livro com outro tipo de história (caso vocês tenham ouvido falar de "Elantris" do Brandon Sanderson, é desse tipo de desenvolvimento de personagem que eu estou falando, certeza que é um dos piores livros que eu li), mas pelo fato de ser uma história passada no Século XIII dá pra aceitar - a vida medieval não era tão movimentada quanto GoT nos mostra...
Apesar desses problemas, dá pra recomendar com gosto. A conspiração Franciscana é um daqueles livros que você lê antes de dormir. 2 capítulos por noite. Já que dizem que a última coisa que você realmente presta atenção você tende a sonhar com ela - nada comprovado, só dito popular mesmo - a possibilidade de viajar para a Itália medieval é um grande atrativo.
Servite pauperes Christi
Nenhum comentário:
Postar um comentário