Título: Um Vento À Porta
Autora: Madeleine L'Engle
Editora: Harper Collins Brasil
Número de páginas: 222
Classificação:
Sinopse:
Charles Wallace está em perigo. E o mundo todo também. Quando a família Murry pensava que os problemas haviam terminado, um novo
desafio surge. Charles Wallace agora tem seis anos de idade e na escola o
menino se tornou um problema. Sofrendo bullying constante, Meg acha que o novo
diretor da escola deveria ser responsável pelo menino, mas Charles Wallace fica
terrivelmente doente antes que ela possa ajudá-lo. Mas há algo estranho acontecendo. Charles Wallace diz a Meg que há dragões
no quintal de casa e ela descobre que os dragões na verdade são Proginoskes, querubins
feitos de asas, vento e chamas. E mais uma vez este é só o começo de uma nova
aventura, onde Meg e seu amigo Calvin precisam correr contra o tempo para
salvar seu irmãozinho. E, para fazer isso, eles devem partir em uma viagem para
dentro do corpo do menino e lutar para restaurar a brilhante harmonia do
universo. Junte-se a Meg, Calvin e Charles Wallace nesta nova aventura
repleta de seres incomuns, mundos novos e muitos heróis que precisam
ultrapassar seus medos para salvar o mundo!
Resenha
No segundo livro da série de cinco livros que compõem
Uma Dobra no Tempo, a aventura chama novamente Calvin e os irmãos Murry, mas
desta vez de uma forma diferente.
Com uma narrativa totalmente nova e desgarrada da
anterior, a história passa a girar em torno de Charles Wallace. Ao iniciar sua
vida escolar aos seis anos, Charles Wallace é totalmente consciente de suas
capacidades cognitivas: farândolas e mitocôndrias – assunto de estudo de seus
pais – são seu objeto de estudo favorito por conta de seu alto QI, no entanto,
estando numa série muito abaixo de sua inteligência, a incompreensão de seus
colegas se faz alta: o bullying passa a andar de mãos dadas consigo em todos os
dias de aula.
Não bastasse isso, Charles está doente. Sente-se
cansado repentinamente mesmo andando a pouca distância e nem mesmo sua mãe tem
informações concretas sobre o que está acontecendo.
Do outro lado, Meg, que também está em processo de
amadurecimento, não liga tanto para o bullying sofrido por seu irmão. O que lhe
preocupa mais são conversas estranhas envolvendo dragões que ele insiste em
afirmar a existência.
Conhecendo bem a narrativa de Madeleine L'Engle,
diria que, desta vez, a aventura não foi de tirar o fôlego como a anterior.
Vê-se claramente que os personagens estão em processo de amadurecimento e que a
narrativa, embora mais leve e fluida, deixou a desejar em diversos aspectos. Ainda
conseguimos tirar ensinamentos sobre a vida – que é marca registrada, diga-se
de passagem – e os percalços que ela nos traz, mas nada além disso.
"— Progo, eu não sou vento nem chama nem foto. Sou
um ser humano. Eu sinto. Não consigo pensar sem sentimentos. Se você tem
significado pra mim, então o que você decide fazer se eu fracassar tem
significado." p. 126.
No fim, o livro vale a pena ser lido por curiosidade,
uma vez que não exista continuidade entre a aventura anterior e esta.
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