Crítica | O Protetor 2

Título: O Protetor 2

Direção: Antoine Fuqua

Elenco: Denzel Washington, Pedro Pascal, Ashton Sanders, Bill Pullman e Melissa Leo

Classificação:

Sinopse: Agora em Massachusetts, Robert McCall (Denzel Washington) vive sob um novo disfarce: um motorista de um aplicativo de viagens. Dado como morto por todos do seu passado, McCall segue usando o seu treinamento de agente para salvar aqueles que precisam de ajuda algumas vezes tendo o auxílio de sua amiga Susan Plummer (Melissa Leo). Por ser a única pessoa que sabe do paradeiro de Robert, Susan vai visitá-lo algumas vezes. Pouco tempo depois da última visita, McCall  descobre que sua amiga foi assassinada e agora ele está determinado a encontrar as pessoas que a mataram para fazer com que elas paguem por seus crimes.


Uma sequência melhorada


No universo dos filmes de ação, a existência de sequências é um fator comum entre as maiores produções do gênero. Diversos exemplos multimilionários como os longas do Universo Cinematográfico Marvel e a franquia Missão: Impossível comprovam a eficiência de uma continuação bem executada. Nesta quinta-feira (16), o público brasileiro poderá descobrir como a vida de Robert McCall se sucedeu após os eventos de O Protetor (2014). Com Antoine Fuqua e Denzel Washington repetindo os seus respectivos papeis de diretor e protagonista do longa-metragem, a Sony Pictures promete uma produção mais madura, intensa e repleta de ação.

Genericamente existem dois tipos de resultados alcançados quando o assunto é uma sequência do gênero ação. O primeiro é bem cruel e termina com um fracasso colossal que, normalmente, põe fim a possibilidade de uma continuidade a franquia. Já o outro, é uma tentativa de renovação que pode implicar numa surpresa agradável para os espectadores, fazendo com que a produção ganhe em diversos aspectos – incluindo o aumento do seu potencial de vingar no futuro. A própria franquia Missão: Impossível já viveu ambos resultados. O primeiro aconteceu por conta do fracasso criativo que foi Missão: Impossível II (2000); já Missão: Impossível - Efeito Fallout o mais recente dos longas foi uma bela surpresa para os fãs da série de filmes e se tornou o melhor dentre as histórias de Ethan Hunt.

Quando se fala de EQ2 (abreviação do título original), o resultado é bastante interessante. É evidente o crescimento da produção em diversos aspectos (roteiro, direção, personagens) e esse é o ponto fundamental que eleva a sequência a um patamar acima do seu antecessor. O primeiro longa sobre Robert McCall – cujo foi baseado numa série de tv da CBS da década de 1980 – contém diversos fatores, como um roteiro confuso e uma narrativa pouco envolvente, que o tornam problemático, aumentado o desafio de fazer uma continuação. Para a surpresa e alegria dos fãs do gênero, o roteirista Richard Wenk deu continuidade à sua história de uma maneira inteligente. A estratégia de aproximar ainda mais a personagem de Denzel foi extremamente eficiente. Durante o novo longa, o público conhece alguém cujo é muito mais que um vingador/justiceiro; alguém que tem sentimentos mais profundos e é familiarmente humano.

O produto visual final também não deixa a desejar. As cenas de ação são bem coreografadas, mais intensas e coerentes. A direção de Fuqua mostra uma clara evolução de um filme para o outro – em especial na sequência final. Para alavancar ainda mais as cenas, o roteiro permite que Denzel Washington dê o seu melhor dentro da trama proporcionando – mesmo numa película de ação momentos belos que só um ator como ele consegue. Além da dramaticidade existente entre as personagens de Denzel e Ashton Sanders – cujo interpreta Miles Whittaker, o protegido da vez de Robert.

Apesar dos clichês levarem muitos momentos da trama para um lugar comum, a nova dinâmica encontrada pelo diretor e roteirista fizeram que The Equalizer 2 (título original) funcionasse melhor que a anterior, criando um resultado satisfatório. A película será um deleite para aqueles que gostam de ação e não será uma tortura para os que não são muito chegados ao gênero, mas assistirão ao longa. O roteiro, portanto, não ganha o espectador pela originalidade ou por surpreendentes plot twists, mas pela maneira como toda a trama é bem desenvolvida e intrigante.

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