Editora: Darkside
Páginas: 344
Classificação:
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Sinopse: “Desculpa, mãe, mas eu estava muito vazio.” – Tyler
A autora de fantasia que está encantando leitores com a força
de sua escrita lança seu primeiro romance contemporâneo – uma trama comovente e
impactante situada nos dias de hoje. Depois de sucessos internacionais como a
saga Sobrenatural, Cynthia Hand demonstra todo o seu talento numa história
sobre perda, culpa e superação. O Último Adeus é narrado em primeira pessoa por
Lex, uma garota de 18 anos que começa a escrever um diário a pedido do seu
terapeuta, como forma de conseguir expressar seus sentimentos retraídos. Há
apenas sete semanas, Tyler, seu irmão mais novo, cometeu suicídio, e ela não
consegue mais se lembrar de como é se sentir feliz. O divórcio dos seus pais,
as provas para entrar na universidade, os gastos com seu carro velho. Ter que
lidar com a rotina mergulhada numa apatia profunda é um desafio diário que ela
não tem como evitar. E no meio desse vazio, Lex e sua mãe começam a sentir a
presença do irmão. Fantasma, loucura ou apenas a saudade falando alto? Eis uma
das grandes questões desse livro apaixonante. O Último Adeus é sobre o que vem
depois da morte, quando todo mundo parece estar seguindo adiante com sua
própria vida, menos você. Lex busca uma forma de lidar com seus sentimentos e
tem apenas nós, leitores, como amigos e confidentes.
Esse, com certeza, foi o
melhor livro que li até agora no ano de 2018, e talvez um dos melhores livros
que eu já tenha lido na vida. Essa autora ganhou meu coração de um jeito que eu
nunca imaginaria.
O livro é simplesmente
comovente do início ao fim, e a leitura dinâmica e perfeita – realmente não
tenho críticas em relação a escrita de Cynthia Hand – faz com que você emerja
no livro, como se realmente você fosse o destinatário do diário de Lex. Você se
sente na obrigação de ajudar Lex, pelo menos continuando a ler o livro.
O livro começa com a
confusão na cabeça de Lex, e você tentando entendê-la, com diversos “segredos”,
por assim dizer, que deixa o leitor louco para ler até o final. Ao longo do
livro, começa a explicar as coisas, começamos a entender o que aconteceu e o
que Lex realmente está sentindo. Mas como a sinopse já disse, esse é um livro
sobre o que acontece depois da morte. Não um livro sobrenatural sobre pós vida,
mas o que acontece com as pessoas que ficam. O importante na história não é o Tyler,
e sim quem ainda vive para lembrar dele. E isso foi uma das coisas mais
fantásticas do livro.
O livro é dividido em partes
paralelas. O diário de Lex, contando momentos do passado, histórias que ela
conta sobre ela e o Tyler, ou sobre ela mesma na infância e antes do suicídio.
E a outra parte, o presente, como ela está lidando e tudo que aconteceu após a
morte de Tyler. Isso me lembra um pouco “Os Treze Porquês”, de Jay Asher em
relação as fitas e o presente. Mas diferente desse livro, O Último Adeus não foca
no suicídio ou no personagem morto, foca principalmente na frase: “Sua vida não
acabou”, para aqueles que sentem um buraco no coração, ou culpa pelo que
aconteceu.
Além disso, o livro tem a
sensibilidade de falar sobre como perceber alguns sinais de suicídio e nunca os
deixar passar. Pois, apesar de certas vezes parecer “drama adolescente”, pode
ser algo muito mais sério. O que gostei muito nesse livro é o fato de não estar
explícito essas dicas, pois não é um livro de autoajuda, e sim estar nas
entrelinhas, dentro do livro como uma conversa entre Lex e ela mesma, em como
ela poderia ter ajudado e o que ela poderia ter feito, mas mostrando também que
a culpa não foi dela, e que mesmo que ela tentasse, o inevitável poderia ter
acontecido do mesmo jeito.
O livro é tocante, completo,
emocionante, profundo... e eu poderia ficar aqui escrevendo linhas e mais
linhas de adjetivos para ele. Com certeza é um livro que eu indico. Mas minha
dica é: Leia com calma, respirando, dando um tempo entre alguns capítulos, pois
é um livro pesado, e eu acho interessante pensar um pouco e refletir sobre o
livro, sobre os capítulos livros. Acho que é uma forma ótima de ler e conseguir
receber tudo que o livro quer passar. Além de pesado, o livro é triste...
confesso que chorei duas vezes durante a leitura. E estava no ônibus. Vergonha
alheia, talvez? Haha’
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