Crítica | Dragon Ball Super: Broly

Título: Dragon Ball Super: Broly
Direção: Tatsuya Nagamine, Naohiro Shintani e Kazuo Ogura
Roteiro: Akira Toriyama
Elenco: Masako Nozawa, Ryō Horikawa, Bin Shimada, Ryūsei Nakao, Aya Hisakawa, Toshio Furukawa, Takeshi Kusao, Kōichi Yamadera, Masakazu Morita e Katsuhisa Hōki

Classificação:

Sinopse: A Terra vive em paz. Os remanescentes saiyajins, Goku (Masako Nozawa) e Vegeta (Ryō Horikawa), seguem, contudo, em seus treinos constantes preocupados com a volta de Frieza (Ryūsei Nakao) e a ameaça que isso pode representar para a Terra. No entanto, Broly (Bin Shimada) é o inimigo da vez. A nova ameaça é, na verdade, um super saiyajin que cresceu isolado num planeta inóspita e foi nutrido pelo sentimento de vingança do seu pai, Bardock (Masako Nozawa). Agora Goku e Vegeta terão de unir forças para pôr um fim ao descontrole representado por Broly e seus poderes.

Dragon Ball Super traz gostinho de nostalgia para os fãs

Distribuído mundialmente pela 20th Century Fox, Dragon Ball Super: Broly marca a vigésima aparição das histórias dos saiyajin no cinema. Supervisionado pelo criador do universo, Akira Toriyama, o longa é a primeira aparição oficial do lendário super saiyajin Broly  além de ser o terceiro longa-metragem cujo criador acompanhou o processo de criação. Ou seja, a narrativa carrega altas expectativas por parte dos fãs e do estúdio. 

Dragon Ball Super estreia nessa quinta-feira (3) com o objetivo de ser um sucesso. Apesar de estar dividindo o espaço no circuito comercial com a nova animação da Disney (WiFi Ralph: Quebrando a Internet), o estúdio espera bons resultados devido ao teor canônico da história dentro do mundo saiyajin. A assinatura de Toriyama é um outro fator que dará credibilidade ao longa e, consequentemente, fará com que os fãs comprem ainda mais a ideia da história de Broly.

A experiência de reviver as histórias dos saiyajins no cinema é encantadora. Uma série de filmes e desenhos animados que comandavam a década de 1990 retoma o seu lugar com uma produção completa e bem representativa. Mesmo que o fã esteja afastado do universo, o decorrer da narrativa fará com que ele reviva os momentos da vida conectados com as histórias saiyajins. É transcendental reacender sentimentos infanto-juvenis através dessa viagem no tempo. O resultado do filme é a satisfação por uma história redonda e coerente com o universo.

A participação de Toriyama como roteiristas é fundamental para compor a produção. Tanto através de fatores comerciais como por meio de características emotivas, o novo filme do universo Dragon Ball clama por um resultado que deve ser inevitavelmente bom. É nesse sentido que a presença de Toriyama interfere. Como criador do universo, a sua supervisão chancela o produto com um olhar qualitativo e compromissado com as histórias já existentes. É essa presença que move os fãs e lança o filme para um lugar de altas expectativas – as quais provavelmente serão alcançadas nas sessões ao redor do mundo.

Além da composição narrativa, o longa acerta nas outras características mais marcantes e específicas das histórias como o desenho, as cores e a trilha. Apesar dos anos de distância desde a criação do desenho até os dias de hoje, a produção mantém as raízes no design de produção e na palheta de coras. Vivo, forte e bem colorido. Três palavras que descrevem perfeitamente a presença visual tão característica de Dragon Ball. Como também não poderia ser diferente, a produção está sempre acompanhada da trilha que lhe é tão presente nas cenas de luta, por exemplo.

O somatório da produção é positivo. Dragon Ball Super: Broly chega as telonas para trazer um gosto de nostalgia aos fãs. O cuidado na criação e no desenvolver dessa produção comprovam o seu real objetivo: levar os amantes do universo saiyajin aos cinemas para uma experiência de retorno a infância. A história prende e conduz o público as memórias afetivas da série. Basta se concentrar por um segundo que o espectador já estará imerso na narrativa e completamente encantado pelo filme.

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