Crítica | Máquinas Mortais

Título: Máquinas Mortais | Mortal Engines
Direção: Christian Rivers
Produtores: Zane Weiner, Amanda Walker, Deborah Forte, Fran Walsh, Peter Jackson.
Elenco: Hugo Weaving, Hera Hilmar, Robert Sheehan, Jihae, Ronan Raftery, Leila George, Patrick Malahide e Stephen Lang.
Classificação:



Sinopse: Após a Guerra dos 60 Segundos a civilização entra em colapso e a terra que conhecemos muda drasticamente. Para sobreviver, os habitantes da cidade de Londres vivem na constante caça por recursos e combustível para que suas casas continuem a sobreviver. Agora montadas sobre rodas, as cidades vivem em constante fuga e predação. Nesse cenário Steampunk, Tom Natsworthy (Robert Sheehan), e Hester Shaw (Hera Hilmar) tentam encontrar respostas sobre o que causou o fim da civilização humana e vingar a morte de sua mãe, Pandora Shaw.

Resenha

É prazeroso imaginar um mundo de faz de conta novo, com elementos fantásticos e uma cultura completamente diferente da que estamos habituados, desde a forma de se relacionar, à maneira como os personagens encaram o mundo, às vestimentas desse estilo característico e principalmente às CIDADES ambulantes. Difícil de imaginar isso?

Para os aficionados no mundo steampunk (tema deste filme), ver um mundo que muitos acham difícil de imaginar nas páginas do livro que criou este blockbuster, é super empolgante ter sua imaginação nas cenas. Pode não ser nada do que imaginamos, ou se aproximar um pouco do que poderia ser, surpreendendo. Ou, como algumas obras, entristecer os fãs. Para essa avaliação, deixo à seu critério. Os meus estão aqui abaixo.

O filme trás, como todo bom steampunk (cenário de ficção onde a tecnologia vigente é de máquinas à vapor), um cenário caótico, pós-apocalíptico e desolado, onde homem e máquina trabalham para sobreviver no seu dia-a-dia. Seja no seu ofício, caçando ou sendo caçado.

Em perspectiva, temos a primeira grande cidade móvel, se locomovendo pela Terra destruída, com enormes esteiras e rodas. Engrenagens que fariam nossos caminhões parecerem latinhas de alumínio, pistões do tamanho de prédios… “Londres”. Ou um fantasma da antiga Londres que junta diversos pedaços de casas e edifícios, como a catedral de St. Paul, por exemplo. A organização social é confusa, porém intuitivamente começamos a perceber as divergências sociais e disputas políticas internas.

Nosso protagonista, Tom Natsworthy (Robert Sheehan), é um “arqueólogo” muito sonhador que estuda os antigos - habitantes do século 21 - ou, como somos chamados: povo das telas (nos). Ele caça por informações das sucatas que são escavadas da nossa época. Smartphones, estátuas dos nossos deuses, torradeiras, equipamento eletrônico e bélico.

A primeira ação já acontece um pouco longe de Tom, quando a protagonista, Hester Shaw (Hera Hilmarsdóttir), habitante da pequena cidade mineradora de Salzhaken avista a predadora cidade de Londres persegui-los. É assustador a qualidade da perseguição e as escalas de proporções. O Ritmo é empolgante. E logo percebemos o medo nos olhos dos moradores dessa pequena cidade contrastando com a euforia da caça nos olhos dos londrinos.


Enquanto a subjugada cidade de Salzhaken é pilhada e assistida pelos londrinos, Tom se encontra com Thaddeus Valentine (Hugo Weaving), responsável pela conquista da conquista um ídolo de Tom. A parte mais incômoda é nos pontos soltos desta história. Sem detalhar o porquê, Hester surge em meio aos capturados e esfaqueia Thaddeus. Em uma promessa de vingança, sem explicar o desejo de revolução da moça. Tom, ao tentar ajudar, sai ao encalço da fugitiva para captura-lá. Mas, nem tudo são flores. O mundo que Tom imaginava ser simples mostra que a vida vem para te dar um tapa na cara. Dessa forma a história une os dois protagonistas em uma busca por sobrevivência e respostas.

Máquinas Mortais me deixou com a sensação incômoda de ter sido feito sem profundidade. Foram nos pequenos detalhes, como: flashbacks ao tentar explicar a Gerra dos 60 Segundos, pouco se explora. Trazendo humor em momentos que ferem um ritmo cadenciado e bem ambientado.

Ainda assim, a todo momento ficamos impressionados com a qualidade dos efeitos especiais e rezamos para que o enredo se desenvolva tão bem quanto a ambientação e vestimenta do filme..

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