Resenha: O Barqueiro | Claire McFall

Título: O Barqueiro

Autora: Claire McFall

Editora: GloboAlt

Número de páginas: 348

Classificação: 

Sinopse: Cansada dos problemas na escola e em casa, Dylan sai da cidade decidida a conhecer seu pai. Mesmo com todas as advertências da mãe, ela compra a passagem de trem que a levará rumo às Terras Altas da Escócia. Mas um acidente terrível a tira de seu caminho e, de repente, ela se vê em um lugar completamente desconhecido, descobrindo que foi a única a sobreviver. Exceto pelo fato de que ela não sobreviveu. 

Perdida, Dylan encontra Tristan, um misterioso ser cuja função é guiar sua alma pelo mundo dos mortos. Juntos, eles enfrentarão os perigos de uma terra que fará de tudo para que não completem sua missão, e descobrirão que o amor pode superar até mesmo as barreiras da morte.

Releitura do mito de Caronte, barqueiro de Hades, O barqueiro mescla suspense e romance, e guiará os leitores por uma terra onde a morte é o menor dos perigos.

Resenha

A primeira coisa que tenho a dizer sobre esse livro: li na idade errada. É o tipo de livro que a Ana de 13 a 16 anos iria adorar. Infelizmente a Ana de 23 cresceu um pouco no termo de literatura. O livro me lembrou muito o  que li quando tinha 14 anos e amei, por isso falo, se lesse com essa idade, com certeza teria amado. Portanto as críticas que tenho para dar não são muito importantes caso você tenha entre essas idades ou goste de livros do gênero. 

O livro é fofo, tem um romance adolescente bastante legal, com o menino dos olhos de qualquer garota hétero na idade de Dylan, com cenas bonitas e românticas de apaixonar qualquer um, porém acho que algumas delas passam um pouco do limite do clichê, ficando um pouco forçadas às vezes, não sempre, tenho que admitir, e mesmo a Ana de 23 anos, acaba torcendo pelo casal e por cenas do tipo ao decorrer do livro.

O livro começa com Dylan apresentando diversos problemas na sua vida, problemas que para mim deveriam ser abordados mesmo em livros infanto-juvenis, como a separação dos pais da garota, o porquê a mãe quis manter o relacionamento de pai e filha distante, o resgate do contado de Dylan com o pai, ela não aceitar o próprio corpo, bullying, o mau relacionamento entre mãe e filha, entre outros assuntos, que infelizmente são assuntos não resolvidos ou discutidos depois das 30 primeiras páginas do livro, focando apenas no romance entre Tristan e Dylan. Sinceramente espero que esses assuntos voltem no segundo livro.

O livro tem poucos personagens, sendo 90% apenas entre Dylan e Trystan, o que para mim foi um pouco cansativo, podendo ter menos cenas entre os dois, diminuindo o livro talvez, mas em minha opinião, teria sido melhor, pois, por esse motivo, acabei demorando de ler, o que deveria ser uma leitura fluida e rápida. Gosto de livros com cenas bastantes diferentes uma das outras, para me intrigar e querer saber o que acontece depois, mas o livro tem uma fórmula de cenas que se repetem bastante, deixando um pouco maçante.

Ademais, achei o livro bom para distrair, não cria muitas questões de discussão nem nada para se pensar. Acho que a ideia do livro é ótima, podendo com certeza ter sido abordada de uma forma muito mais dinâmica, porém isso não caracteriza o livro como ruim.

 A escrita é boa, e a edição também não tá pra menos. Apesar de tudo, quero ler o segundo para saber o que acontece com Dylan e Tristan, e como eles vão enfrentar a nova fase que o final do livro nos dá.