Resenha: Máquinas Mortais | Philip Reeve

Título: Máquinas Mortais
Autor: Philip Reeve
Editora: Harper Collins
Páginas: 320 páginas
Classificação: 
Sinopse: Neste brilhante mundo criado por Philip Reeve, a humanidade quase teve um fim em um conflito nuclear e biológico chamado de Guerra dos Sessenta Minutos. O mundo virou um descampado, a tecnologia foi praticamente extinta e todos os esforços humanos se voltaram para um único objetivo: fazer suas cidades sobreviverem. Para isso, elas precisam se mover, se tornando Cidades de Tração, para se afastar da radioatividade e doenças. Londres é uma grande cidade e está sempre a busca de novas cidades para se alimentar, como dita o Darwinismo Municipal: metrópoles consomem as cidades menores, que consomem vilarejos e assim por diante...No meio de um ataque de Londres à uma cidadezinha desesperada, Hester Shaw, uma menina com uma cicatriz horrível, tenta matar Thaddeus Valentine, o maior arqueólogo da metrópole. Valentine é salvo por Tom Natsworthy, um historiador aprendiz de terceira classe. De repente, ambos acabam caindo para fora da Cidade de Tração. Agora perdidos no vasto Campo de Caça, sem uma cidade para protegê-los, os dois precisam unir forças para alcançar Londres e sobreviver a um caminho cheio de saqueadores, piratas e outras Cidades de Tração. Além disso, ao que tudo indica Londres está planejando um ato desumano, envolvendo uma arma não usada na Guerra dos Sessenta Minutos, que pode dar fim ao pouco que restou do planeta...




Resenha


Máquinas Mortais é um lançamento recente da editora HarperCollins, e teve sua adaptação para o cinema lançada neste começo de ano. Sobre o livro, no primeiro momento, posso dizer que achei o enredo bem interessante. Uma história bem criativa e diferente do que costumamos ver por aí em distopias. Quem imaginaria um mundo pós apocalíptico em que a cidades funcionam sobre rodas e perseguem umas as outras atrás de suprimentos para sobreviver. Achei tudo mundo bem elaborado, e esse é com certeza um ponto a favor.

O livro traz vários pontos de vista, e com isso vários personagens narram suas aventuras convergindo para o ápice do livro. O livro apresente vários personagens, e isso dá uma dinâmica legal a história. Bem melhor do que se fosse contado apenas por Tom ou Hester, os principais personagens da história. A escrita do autor é boa, ele mantem um ritmo rápido no livro, mas sem ser corrido demais. 

Mas para mim, o livro tem um problema, que atrapalhou muito a leitura, e me fez demorar demais para terminar. O leitor não consegue criar um laço de simpatia com os protagonistas. Mesmo com todas as aventura, e o passado sofrido de alguns deles, não dá para se apegar a eles. Parece que apesar de o autor saber relatar os fatos e situações muito bem, ele já não consegue passar as emoções da mesma forma. E tenho muita dificuldade em continuar uma leitura, quando não me interesso pelos personagens. 

Fora isso, até mesmo os momentos dramáticos (e o autor não tem pena de causar mortes e sofrimento), não há aquele clima. No final da contas, para mim tanto fazia se alguém pudesse morrer naquele momento. E asssim, o livro acaba ficando desinteressante. O que é uma pena, porque a história é boa. Mas a mim, ele não conseguiu prender. Agora, é um livro que o leitor pode amar ou detestar. Vai depender de como a leitura segue para você. Ele é o primeiro de uma série de livros. E como se trata de uma história de fantasia, totalmente focada no drama e aventura (não espere romance), se você gosta do gênero pode valer a pena dar uma chance.

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