Crítica | Todos Já Sabem

Título: Todos Já Sabem ( Todos lo Saben)
Gênero: Drama; Suspense.
Elenco: Penélope Cruz, Javier Bardem, Ricardo Darín, Carla Campra, Bárbara Lennie.
Direção: Asghar Farhadi.
Notinha: 7/10


Sinopse: Quando sua irmã se casa, Laura (Penélope Cruz) retorna à Espanha natal para acompanhar a cerimônia. Por motivos de trabalho, o marido argentino (Ricardo Darín) não pode ir com ela. Chegando no local, Laura reencontra o ex-namorado, Paco (Javier Bardem), que não via há muitos anos. Durante a festa de casamento, uma tragédia acontece. Toda a família precisa se unir diante de um possível crime de grandes proporções, enquanto se questionam se o culpado não está entre eles. Na busca por uma solução, segredos e mentiras são revelados sobre o passado de cada um.



CRÍTICA
Um elenco estrelado  e talentoso como esse, torna esse filme impossível de não chamar a atenção. 

Na história somos apresentados a Laura (Penélope Cruz) espanhola que a muitos anos mora fora do país, e retorna com seus dois filhos para o casamento da irmã. Imediatamente a tela se preenche com aspectos culturais muito fortes e que claramente foram intencionadamente colocados ali através do roteiro e os personagens estão todos confortáveis em seus papéis e assim flui o filme todo entre os altos e baixos que ele tem.
O destaque obviamente vai para a Penélope Cruz que tem em sua atuação, a tranquilidade em estar atuando em sua língua materna, numa personagem que parece lhe cair bem como uma luva, no país de origem e ao lado do seu parceiro da vida real também talentoso e espanhol Javier Bardem. A personagem dela trás consigo segredos de quem um dia foi ingênua, rebelde e acreditava que o amor tudo suportava e ao longo do tempo foi amadurecendo e se tornou uma mulher que pondera as palavras sem perder aquele toque de frescor no jeito de ser, como uma assinatura pessoal. É uma obra de poucos cenários, gira em torno basicamente da família em questão e dos que com ele convivem por toda uma vida, no vilagero qualquer no interior da Espanha, poderia se passar no interior do meu estado e ainda teria características que apenas os interiores tem, uma intimidade comum a todos, um modo familiar e diferente da capital de se viver a vida. 

Gostei de ter sido apresentada a essa realidade mesmo que forjada pela mente criativa do escritor e diretor iraniano, Asghar Farhad. O personagem Paco é um amigo da família, do tipo que cresceu junto com as filhas do dono das terras e teve um romance com a agora casada Laura, e seguiu amigo de todos após todos os anos, o marido da Laura interpretado pelo meu amorzinho talentoso e orgulho argentino Ricardo Darín não aparece em muitas cenas, devido a questões que no decorrer do tempo vai ser esclarecido para o público, mas mesmo com pouco tempo em cena ele faz valer cada aparição.

Creio que o filme consegue captar bem o modo de ser do povo catalão, ao contar esse história de uma família comum com segredos, igual qualquer uma poderia ter e dentro dessa simplicidade que acontece um casamento em que aparentemente todos foram convidados e no decorrer da festa todos celebram, bebem e se divertem como se faz por lá e aí é quando o inesperado os pega de surpresa e a partir daí take por take somos levados a conhecer quais são os segredos escondidos a anos que os levaram onde estão.

Mais uma vez não é um filme blockbuster vibes, é sobre um olhar para algo ordinário como uma dinâmica familiar que pode ser tocante para quem o ver, eu gostei bastante e a dose extra de suspense deixou ainda mais interessante.



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