Direção:
David Yarovesky
Elenco:
Elizabeth
Banks, David Denman, Jackson A. Dunn
Sinopse:
Tori
(Elizabeth Banks) e Kyle Breyer (David Denman) são um casal do
interior do Kansas que decide criar como seu filho a criança que
encontraram numa nave espacial que que caiu perto de sua casa.
Brandon Breyer (Jackson
A. Dunn)
cresce como uma criança relativamente normal até que no seu
aniversário de 12 anos ele descobre ter poderes, e quando ele tenta
entender quem ele é, as coisas saem do controle.
“Uma história bem conhecida, numa versão mais sangrenta”
Pela
sinopse de Brightburn fica fácil reconhecer qual foi a fonte de
inspiração dos roteiristas Brian e Mark Gunn, nós já vimos vários
filmes de super-heróis questionarem o que aconteceria se a pessoa
que recebesse os poderes não tivesse um código moral firme e
objetivos altruístas, e aqui temos uma resposta diferente da
habitual na forma de um filme de terror, misturando os clichês de
ambos os gêneros pra criar algo que é ao mesmo tempo familiar e
distinto.
A
trilha sonora funciona bem para criar o clima necessário de tensão,
e a atuação do trio principal é excelente, fazendo com que a gente
embarque no drama dos pais, que relutam em aceitar o que está se
passando com o filho deles e tentam decidir o que fazer, enquanto o
garoto transmite pro público uma sensação de inquietação ao
assistir este jovem super poderoso agir de maneira precipitada
seguindo uma lógica completamente distorcida.
Quanto
aos poderes temos o mesmo kit do filho de Krypton, super força,
super velocidade, resistência física inumana, voo e visão de raio
laser, tudo isso empregado para aterrorizar quem ficar no caminho de
Brandon, e a consequência disso é uma violência explicita e
desnecessariamente exagerada, indo além do simples desconforto para
gerar repulsa.
O
resultado é um filme relativamente bem-sucedido em mostrar uma nova
abordagem para as histórias de super-heróis, mas que não inova
tanto assim pra quem está acostumado com filmes de terror, além
disso ele poderia ter se beneficiado de uns 10 minutos extras no
inicio, para explorar melhor a reação do garoto Breyer descobrindo
e tentando entender seus vários poderes. Ainda assim Brightburn é
uma boa referência do que podemos esperar no futuro.
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