Crítica | Rainhas do Crime

Título: Rainhas do Crime
Diretor: Andrea Berloff
Elenco: Melissa McCarthy, Tiffany Haddish, Elisabeth Moss,Domhnall Gleeson, James Badge Dale, Brian D' Arcy James,Jeremy Bobb e Margo Martindale
Gênero: Drama, Policial, Suspense
Nota:7,0

Sinopse:Nova York, janeiro de 1978. Kathy (Melissa McCarthy), Ruby (Tiffany Haddish) e Claire (Elisabeth Moss) são casadas com mafiosos irlandeses, que comandam os negócios em Hell's Kitchen. Quando eles são presos pela polícia, o trio fica a mercê de Little Jackie (Myk Watford), o novo chefão local, que se recusa a lhes dar o dinheiro necessário para seu sustento. Com isso, Kathy, Ruby e Claire decidem unir forças para criar sua própria "família", oferecendo apoio e proteção a pequenos comerciantes locais. Com o tempo, o poder das mulheres cresce ao ponto não só de incomodar Little Jackie, mas também chamar a atenção da máfia italiana. 
                                              Crítica
Hell yeah meus caros cinéfilos do século XXI, venho dizer caso já não saibam que temos o privilégio de estar vivendo uma era importantíssima para a história do cinema, alguém adivinha do que estou falando? 

Se enganou quem pensa na forma que uns dizem saturada outros vazia de conteúdo pela qual os blackbusters andam já a pelo menos duas décadas de vento em polpa mas a minha real chamada de atenção aqui é sobre a mudança na era tradicional de filmes, no formato mesmo de dentro pra fora, onde estamos a passos ainda lentos e tímidos mas fortes na qual as ditas minorias( mulheres, negros, LGBTQ+ e etc) estão podendo contar histórias que antes não se acreditava que poderiam se ter grande interesse do público final, ou seja, NÓS. 

Estou fazendo esse apanhado pra dizer que o filme em questão é fruto claramente desse movimento, em absolutamente todos os seus aspectos desde a direção( Andrea Berloff ), escalação das protagonistas(SIM 3 MULHERES DIFERENTES) e o enredo em si da trama. 

O movimento #timeisup graças a deusa não para de ganhar força e tem encabeçado muitas produções que antes facilmente estaria na mãos dos mesmos de sempre: Homens, brancos, heterossexuais, de meia idade e etc como já estamos cansados de saber.

A história é sobre três mulheres de criminosos irlandeses em Nova Iorque que acabam sendo presos, e a partir daí se vem sem dinheiro para viver e cuidar dos filhos.

 Então aí surge a oportunidade de se lançarem elas mesmas como chefias dos mafiosos, é muito interessante ver como em todos os espaços inclusive no crime as mulheres são subjugadas, desprezadas, desacreditadas e esse filme não é sobre ser bom ou mau, bonzinhos versus malvados..É sobre quando tem um contexto determinado e se faz o melhor com o que se pode, levando em consideração as possibilidades. 

Amei esse roteiro porque ele não nos subestima nem faz aquele joguinho tradicional de pobres coitadas que foram obrigadas e determinadas ações, aqui as mulheres estão dizendo, ou melhor, gritando a plenos pulmões "hey bando de otários, não nos importa se vocês não nos querem aqui, vamos destruir seu mundo se necessário for pra entrar". É isso e sem desculpas, afinal se fossem de homens essa postura, seriam ídolos de geral mesmo estando dentro da máfia, fiquei refletindo isso durante a exibição do filme, tentando muito me distanciar de estereótipos e moralismos, alguns filmes mais que outros vão exigir esse exercício da gente.

Eu particularmente adorei as duas comediantes Melissa M. e (nome da atriz personagem Ruby) que estão não somente mostrando uma nova faceta na atuação mas dando show durante todo o filme, maravilhosas demais também a interação entre as três mulheres!❤ 

GIRL POWER até a lua babys!


                                                   Ana Paula Santos
                                           

Comente com o Facebook:

Nenhum comentário:

Postar um comentário