Crítica | Frozen II

Título: Frozen II
Direção: Chris Buck e Jennifer Lee
Roteiro: Jennifer Lee
Elenco: Kristen Bell, Idina Menzel, Josh Gad e Jonathan Groff

Classificação:

Sinopse: Na nova aventura no reino de Arendelle, Elsa e Anna precisam seguir seus deveres pessoais. Ao mesmo tempo que Anna vai se tornando uma exímia governante, Elsa precisa descobrir os segredos sobre seus poderes. A partir desses objetivos e do amor entre as irmãs, Arendelle viverá uma nova fase de sua histórias. As buscas das irmãs e de seus companheiros será determinante para o futuro do reino e, principalmente, de Anna e Elsa.

          Disney acerta com continuação engraçada e cheia de referências

 O ano começa bem para as animações. Uma das estreias da semana é o aguardado segundo filme sobre as irmãs do reino de Arendelle. Frozen 2 - O Reino do Gelo chega aos cinemas nesta quinta-feira (2) e promete arrebatar o público adulto e infantil com sua dinâmica cômica e recheada de referências ao mundo pop. O lançamento do Walt Disney Studios já é um sucesso de bilheteria nos Estados Unidos desde sua estreia em novembro.

Frozen II (título original) é uma retomada inteligente para uma produção consolidada da Disney. Após o estrondoso sucesso de crítica, bilheteria e derivações (bonecos, séries para a tv e espetáculos na Broadway) de Frozen - Uma Aventura Congelante (2013), sua continuação se mostra madura e consciente de seu passado. Os moldes que levam o novo filme ao acerto é sua estrutura amadurecida da narrativa. Tanto ao pensar nas referências adultas quanto ao próprio teor do texto, Frozen II proporciona uma bela e empolgante história para as crianças e uma divertida e sensível narrativa para os adultos.

Existem, de fato, alguns problemas na dinâmica do roteiro do segundo longa-metragem. O ritmo da produção não é equilibrado, o que causa estranhamento no espectador quando ele vê uma grande quantidade de acontecimentos relevantes ocorrem de uma só vez. Com exceção desse turbilhão de coisas mostradas uma atrás da outras, o público recebe uma prazerosa trama. Os 103 minutos de filme passam em um piscar de olhos. O espectador, apesar de sair atordoado com as reviravoltas seguidas nos últimos minutos, carrega uma memória positiva do que acabou de assistir.

Uma escolha extremamente positiva feita pela produção foi o protagonismo de Olaf. Para quem achava o boneco de neve engraçado no primeiro filme, prepare-se para rolar de rir com ele agora. A personagem dublada originalmente por Josh Gad e, na versão brasileira, por Fábio Porchat, encanta a maior parte do filme com uma comédia precisa e muito mais adulta. Além disso, o crescimento das personagens da Elsa e Anna é evidente, o que ajuda a dar consistência à história e proporciona esse novo momento para a narrativa. Elsa precisa descobrir a origem dos seus poderes para aceitar o seu papel no mundo. Anna precisa proteger seu povo ao mesmo tempo que quer ajudar sua irmã nessa nova jornada. Assim, esses desejos e deveres se entrelaçam e desenham o novo enredo.

A maturidade é um fator evidente nessa produção. Desde os objetivos das personagens até as piadas (com referências e mórbidas), o longa se mostra em uma crescente de uma produção para a outra. É evidente que o primeiro roteiro tem uma consistência maior ao dilatar seus picos de acontecimento, enquanto existe uma falha no segundo. Contudo, a estreia da Disney carrega uma renovação do espírito da história. Frozen 2 representa um novo uma nova aventura. A narrativa das irmãs de Arendelle e seus amigos cresceu, evoluiu e amadureceu. Essas são as máximas vistas no filme. Com toda a certeza o longa já é um sucesso que pode render outros momentos cinematográficos para as personagens.

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