Crítica | Judy - Muito Além do Arco-Íris


Imagem relacionadaTítulo: Judy - Muito Além do Arco-íris (Judy)
Direção: Rupert Goold
Roteiro: Tom Edge
Lançamento: 30 de janeiro de 2020 (Brasil)
Classificação: Nenhuma descrição de foto disponível.
Sinopse: Inverno de 1968. Com a carreira em baixa, Judy Garland (Renée Zellweger) aceita estrelar uma turnê em Londres, por mais que tal trabalho a mantenha afastada dos filhos menores. Ao chegar ela enfrenta a solidão e os conhecidos problemas com álcool e remédios, compensando o que deu errado em sua vida pessoal com a dedicação no palco.

                                                                               Crítica  

Judy é um filme belíssimo, que conta a história trágica e comovente de Judy Garland, que perdeu sua infância para Hollywood (ficou muito conhecida quando Estrelou em O Mágico de Oz de Victor Fleming), e levou cicatrizes dos absurdos que sofreu por toda a sua vida.

O filme é dirigido por Rupert Goold, diretor de poucos filmes até então, como Rei Charles III e A História Verdadeira, mas faz o dirige o filme com uma maestria sem tamanho. Os closes das câmeras pegando todo o sentimento de Judy, os cortes e cenas também fantásticos, sem falar na fotografia.

O roteiro, feito por Tom Edge é bastante comovente. O objetivo do filme não é contar a vida na íntegra da Judy, e sim mostrar sua decadência, quando precisou se afastar dos filhos e ir para Londres fazer shows, pois não conseguia se sustentar nos Estados Unidos, muito menos manter a guarda dos filhos. E o roteiro mostrou bastante isso, principalmente com alguns flashbacks do início de sua carreira, quando fazia O Mágico de Oz, e como cresceu sendo filha de Hollywood; como tomava pílulas para manter o corpo; como era proibida de se divertir, até mesmo de dormir para não atrasar as gravações. Mostra o lado podre do Hollywood, mesmo sem falar dos assédios (que a Judy sofreu, segundo um dos seus ex-maridos, inclusive em seu primeiro filme).

O que mais me surpreendeu foi a atuação genuína de Renée Zellweger, que de tão boa, às vezes esquecíamos que era a própria atriz a interpretar Judy. As duas personificações se juntaram em uma só, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz, e que, na minha humilde opinião, tem grandes chances de conseguir levar a estatueta. Além de podermos ouvir a sua voz magnífica. Não é de grande surpresa a voz maravilhosa dessa mulher depois de vermos Chicago.

O interessante na escolha da atriz é o fato de que a própria Renée foi considerada em “decadência”, principalmente pela mudança que ocorreu na sua aparência nos últimos anos, que lhe afastou das telas. Irreconhecivelmente (claro que também por conta do figurino e maquiagem), Renée, que sempre teve um corpo um pouco mais avantajado, apresenta estar quase pele e osso, e me arrisco em dizer que parte da culpa, é da própria Hollywood e a sua máquina mortífera para mulheres.

Eu amei o filme, e do pouco que sabia que Judy Garland, fico feliz em ter assistido e conhecido um pouco mais da voz por trás de uma das minhas músicas preferidas: Over the Rainbow. Sai com sentimento de carinho imenso pela atriz, com vontade de querer saber mais sobre a vida dela, e querer assistir mais de seus filmes.  

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