Crítica | Kursk - A Última Hora

Título: Kursk - A Última Hora
Direção: Thomas Vinterberg
Roteiro: Robert Rodat
Elenco: Matthias Schoenaerts, Léa Seydoux, Colin Firth, Peter Simonischek, August Diehl, Max Von Sydon, Matthias Schweighofer, Steven Waddington
Gênero: Histórico, Drama
Classificação:Nenhuma descrição de foto disponível.
Sinopse: Uma explosão naufraga o submarino Kursk no ano de 2000. Os tripulantes precisam sobreviver às águas geladas do Mar de Barents enquanto esperam por um resgate que pode não chegar por causa do descaso das autoridades.

                                  Crítica

                        "Kursk é um filme muito poderoso, verídico e honesto"
Essas são as palavras do David Russell, comandante da Marinha Britânica, responsável por comandar as operações de resgate ao submarino russo que afundou em 2000. Interpretado por Colin Firth, David Russell é um dos personagens que conduz uma das 3 partes em que o filme se divide.
Kursk – A Última Missão, que estreia no Brasil dia 9 de janeiro, se passa em 3 ambientes: o primeiro, óbvio, dentro do submarino e conta como aconteceu as duas explosões que foram sentidas estação de monitoramento sísmico da Noruega, como conseguiram sobreviver por determinado tempo, e ficticiamente, como os 23 sobreviventes conviveram após as explosões.
O segundo ambiente é o que se passa com as mulheres dos tripulantes, suas angústias e sua luta para saberem o que estava acontecendo e o que estavam fazendo para que seus companheiros fossem resgatados.
O terceiro, e talvez o mais importante para a trama, é o posicionamento das autoridades, tanto da Rússia, como da Inglaterra, para resolver o caso e salvar os 23 tripulantes. A partir de muita investigação para descobrirem os motivos, com certeza, e dentro de uma Guerra Fria, é complicado conceber um acordo para receber ajuda de países adversários, principalmente com o fato de que o mais importante submarino da Rússia possuir segredos bélicos que os demais países tentavam conseguir.
Thomas Vinterberg foi de uma sensibilidade imensa ao dirigir o filme, pois humanizou toda a história, além de trazer as esposas dos tripulantes como parte essencial no filme. Isso é visto principalmente num diálogo entre Vladimir Petrenko, (interpretado por Max von Sydow) que diz: “Eles sabiam o que estava em jogo quando entraram para a Marinha” e ouviu como resposta: “Mas não suas esposas”.
Como personagens principais para trazer romance e humanidade ao filme, temos o casal Tanya e Mikhail Averin, belissimamente interpretados por Léa Seydoux e Matthias Schoenaerts.
A trilha sonora do filme se mostra melancólica do início ao fim, mesmo quando o longa traz cenas felizes, nos preparando para os desastres subsequentes. Além disso, o filme é bastante objetivo, apesar de quase 2 horas de duração, sem cenas lentas ou desnecessárias, tendo tensão o tempo inteiro, também sem enrolar para os momentos cruciais do filme.
O filme é angustiante, tanto quando há cenas dentro do submarino quanto fora, um pouco estressante, pois tudo dentro de uma Guerra Fria é complicado, pois estamos tratando de ego masculino acima de qualquer outra coisa, principalmente acima da vida daqueles que as dedicaram ao seu país. O filme é sobre Guerra acima de vidas, e segredos e orgulho acima de humanidade.
Esse filme é perfil Oscar, e minha aposta é que o vejamos entre os indicados.

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