Crítica | Aves de Rapina – Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa


Aves de Rapina - Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa : PosterTítulo: Aves de Rapina – Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa
Direção: Cathy Yan
Roteiro: Christina Hodson
Elenco: Margot Robbie, Mary Elizabeth Winstead, Jurnee Smollett-Bell, Rosie Perez, Ella Jay Basco, Chris Messina, Ewan McGregor
Gênero: Ação, Heróis, HQ
Classificação:Nenhuma descrição de foto disponível.
Sinopse: Depois de se aventurar com o Coringa, Arlequina se junta a Canário Negro, Caçadora e Renee Montoya para salvar a vida de uma garotinha do criminoso Máscara Negra em Gotham City.


Resenha:

Harley Quinn - ou como é conhecida aqui nas terras tupiniquins – Arlequina está de volta trazendo o melhor de sua essência pra tratar com uma grande questão: ela e o Coringa terminaram. Pra lidar com o coração quebrantado, a moça acaba se envolvendo em conflitos não previstos e tudo piora quando sua posição de “primeira dama do crime” é revogada. É uma premissa simples, mas não se engane, o longa tem muita personalidade. Com humor ácido e identidade peculiar, Aves de Rapina tem pretensões modestas, e acredite, elas foram alcançadas e tudo isso foi possível por causa da determinação de uma pessoa: Margot Robbie.

Com o fracasso colossal de Esquadrão Suicida é inegável que os únicos personagens marcantes eram o Pistoleiro de Will Smith e a Arlequina de Margot e foi justamente ela que convenceu a Warner a fazer este filme, tomando a frente e chamando a responsabilidade pra si. Com um orçamento relativamente baixo pra filmes baseados em quadrinhos, Margot convenceu o estúdio a produzir o filme, tomou o tempo devido pra escolher uma roteirista, mas principalmente uma DIRETORA (acabou escolhendo Cathy Yan, uma diretora chinesa com uma filmografia mais independente) e ainda envolvendo-se ativamente na escolha das cantoras que participaram da trilha sonora. Tudo isso combinado ao total entendimento da sua personagem e suas características, como o jeito animado de falar e suas risadinhas. Esse combo resultou num filme violentamente engraçado.

Algo que precisa entender sobre Aves de Rapina: sua estrutura narrativa se parece muito com Deadpool. Com lutas muito bem coreografadas, a violência está bastante presente (Pais, sempre se atentem a classificação indicativa. Este não é um longa infantil). Regada de momentos bem-humorados na medida certa, um dos pontos mais peculiares talvez seja o roteiro que pode ser considerado um verdadeiro caos organizado, necessitando de um pouco mais de atenção (pelo menos na primeira hora), pra que o enredo seja compreendido ,mas nada que atrapalhe a experiencia.

É importante ressaltar: Este é um filme sobre Arlequina, mas ele não negligencia Canário, Caçadora, Montoya e Cass e o quanto tais lidam com o fato de serem consideradas seres inferiores, coadjuvantes das suas próprias vidas que são subjugadas pelo simples fato de serem mulheres. A mensagem dos personagens masculinos de que as mesmas precisam ser dependentes (e, por que não, incompetentes) são mostradas explicitamente e é notório o quanto a ideia de que as mulheres são a sombra dos homens, incapazes viver sem eles ainda perpetua na sociedade.

No final, Aves de Rapina tem uma única função: entreter. Tendo isso em mente, é bem provável que se divirta e aprecie um filme que nada lembra Esquadrão Suicida. Com um roteiro não linear, recomendo que não se atrase ao entrar na sessão (me agradeça depois). No mais, só tenho uma coisa para desejar:

Boa Sessão para vocês!

P.s.: Há um easter egg nos créditos.

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