Entrevista com o autor | César Dabus

Hey pessoas, como estão?

Para começar com chave de ouro a seção de entrevistas com autores nacionais, hoje iremos conhecer um pouco mais sobre o autor César Dabus.

Vamos lá?


1- Quando soube que iria virar autor nacional? Sempre teve esse sonho? Além de autor, tem outra profissão?


Adoro ser um autor publicado. Dá uma sensação de pertencer a alguma coisa importante. Ainda mais quando você consegue uma publicação internacional, já que a Chiado Editora publica automaticamente em países de língua portuguesa como Portugal, Angola e Cabo Verde. Me sinto honrado e feliz. Bem, eu sempre gostei muito de escrever - tanto que o que me motivou a escrever não foi nada nem ninguém, mas um chamado interior da minha alma: “César, escreva!” E assim eu escrevia - e até hoje é assim. Eu só escrevo quando escuto o texto dentro de mim. Por isso não me identifico com nenhum autor: ninguém me inspirou. Simplesmente saiu de dentro de mim. Eu escrevo desabafos e reflexões desde os 6 anos de idade, poesia desde os 15, roteiros desde os 17, mas somente aos 21 que resolvi me tornar escritor oficialmente - que foi quando criei a Liga dos Corações Puros: a primeira ideia que eu achava interessante o suficiente para divulgar com  os outros. Além de escrever, fui baterista profissional até os 25 anos (hoje tenho 28), sou bacharel em direito pela FMU (mas não exerço), e hoje tenho uma empresa de vídeo aulas. 

2- Como foi criado e desenvolvido a história do livro: A liga dos corações puros? Teve alguma inspiração?

Eu tive milhares de inspirações! É o que eu chamo de “Caldeirão do Mago”. A Liga dos Corações Puros é a receita de uma poção mágica: uma pitada de misticismo, outra pitada de alquimia, dez quilos de kabbalah, setenta e oito gramas de tarot, doze centilitros de astrologia, cinco quilogramas de quiromancia, um saco de numerologia, três colheres de ocultismo, metade de teosofia, oito versos de poesia, notas de rock’n’roll, sete chakras e uma grande dose autobiográfica. “Como você conseguiu juntar tudo isso?”, você deve estar se perguntando. Bem, tudo começou com a literatura, em 1998, quando eu comecei a escrever. Eu tinha 6 anos. Eu tinha um caderninho que servia de “descarrego”, para expressar amor e ódio. Anos depois, aos 11, eu comecei a tocar bateria, ao mesmo tempo que comecei a estudar as bandas de rock. Estudando a minha banda favorita, The Who, eu cheguei a um guru espiritual chamado Meher Baba, que me introduziu na espiritualidade. Ouvindo Rush - cuja temática é o universo e naves espaciais -, eu passei a gostar de ETs, universo e ideias cósmicas. Agora, a banda Angra teve um efeito muito profundo e importantíssimo em mim, que foi o fato de “expandir a minha mente”, porque eles misturam heavy metal com samba, baião e outros estilos nacionais, o que me ajudou a misturar assuntos tão opostos numa coisa só. E com o The Who também tive esse efeito, porque eles compunham “óperas-rock”: outra alquimia louca, que me ajudou a expandir a mente. Essas duas “fusões de coisas opostas” me ajudaram muito na hora de criar a Liga, porque eu pensei “se eles conseguiram mesclar coisas opostas e fazer sentido, eu também consigo”. Foi ainda na adolescência que eu comecei a compor poesias e a escrever meus próprios roteiros. Depois de ler “O Alquimista” do Paulo Coelho, eu fui estudar alquimia e percebi 2 coisas: primeiro, que alquimia tinha tudo a ver com espiritualidade - que conectei com as ideias do Meher Baba; segundo, que tinha tudo a ver com o universo - que conectei com as ideias cósmicas do Rush. E assim juntei as ideias criei uma saga “cósmico-espiritual”. E a alquimia me levou à Kabbalah, que me levou ao Tarot, então à numerologia, quiromancia etc. Paralelamente a isso tudo, houve a minha mãe, que foi a grande inspiração para a grande vilã: a Mãe Neurótica, o Ego. Durante a minha adolescência, eu tocava bateria todos os dias, o dia inteiro. E todo santo dia, minha mãe escancarava a porta do meu estúdio, gritando: “NÃO AGUENTO MAIS ESSE TUM-TUM-TUM!!! PARE DE TOCAR ESSA PORCARIA E VÁ ESTUDAR!!!” Daí eu tive a ideia de de usar os gritos da minha mãe para criar a grande vilã do livro, a Mãe Neurótica - que em 2019, emplacou o terceiro lugar na categoria “Melhor Vilã” no concurso Aliens Awards. Quem diria que as broncas da mamãe dariam em alguma coisa? Uma outra coisa que eu faço é ouvir muita música, porque minha mente cria cenários, personagens e situações baseados na energia daquela música. Por exemplo: se eu escuto heavy metal, minha mente cria guerras - e assim eu escrevo. Se eu escuto pop, minha mente cria algo puro e inocente tipo brincadeiras de criança - e assim eu descrevo. Eu sou um “literalizador musical”. Mas, acima de tudo isso, quero louvar Cristo. Eu sou muito religioso. Vou usar essa poção mágica para louvar Cristo. Pra mim, qual o sentido se não for para louvar Cristo?

3- Quando começou a escrever teve medo ou receio da crítica negativa do público?

Toda crítica negativa tem um lado positivo. O que eu procuro ver numa crítica - mesmo que seja destrutiva - são outros lados da minha obra que nem eu vi. E outra, independente de serem positivas ou negativas, críticas era o que eu mais queria, porque eu estava louco para saber a opinião dos leitores sobre a minha obra. Eu queria saber se alguém mais também havia gostado da ideia, ou se era apenas um gosto da minha cabeça. E eu fico muito feliz em saber que a maioria dos leitores gostaram da história.


4- Poderemos contar que terá continuação do livro: A liga dos corações puros? Ou será livro único?

Não, não é livro único. Muito pelo contrário. A Liga dos Corações Puros é uma saga com nada mais, nada menos, do que onze livros. Isso mesmo: ONZE livros. Você deve estar se perguntando “como que eu cheguei nesse número?” Bem, há duas coisas que você deve entender: primeiro, é que a LCP é um projeto de vida, sem um número fixo de volumes, podendo aumentar conforme a minha criatividade. E eu quero expandir ao máximo essa saga. Quero explorar tudo o que minha criatividade for capaz. Portanto, é uma saga “em aberto” que, por enquanto, está onze volumes. Posso aumentar, quem sabe? E segundo, é que a LCP é uma “grande saga”, subdividida em “pequenas sagas” - que já tenho três: “A Chama” (de um livro); “A Grande Ópera” (sete livros) e a “Trilogia dos Gêmeos” (três livros). Onze volumes, subdivididos em três pequenas sagas de uma saga maior. Começou assim: lá em 2013, eu queria escrever uma trilogia como “O Senhor dos Anéis”. Foi algo que eu intitulei de “A Trilogia dos Gêmeos”. Porém, enquanto eu estava montando o roteiro, criando os reis e rainhas, deuses e deusas, guerras e batalhas, havia um rei que era tido como um grande herói, o maioral, o destemido, o maior dos maiores etc. E todos - sem excessão -, o amavam profundamente. A história se passava num período de tempo muito depois da morte desse rei. Seu nome era Zakzor. Era um personagem que eu me identificava bastante - e isso me chamou muito a atenção. Eu não o criei: ele simplesmente surgiu em minha mente. Há algo que vocês devem saber: o autor não é dono da história, a história é dona de si mesma. Os personagens têm vida própria. Então, quando eu falo que “todos o amavam”, não é porque eu “quis” ou que eu tenha inventado, mas porque “a história quis assim”. E por alguma razão Zakzor ficou na minha cabeça. Então eu tive a seguinte ideia: “e se não escrevesse um livro contando a história desse Zakzor e de por que ele é tão amado? O que ele havia feito para que todos o amassem?” E assim surgiu “A Chama”, o quarto livro da saga, que se passa antes da Trilogia dos Gêmeos. E então, durante os anos de pesquisa e escrita da Chama, eu pesquisei tanta coisa que poderia escrever mais livros. E foi estudando os sete chakras, que eu tive a ideia de escrever outros sete livros, como se cada um representasse um chakra do despertar de consciência de um personagem. E assim surgiu a pequena saga de sete livros “A Grande Ópera”, totalizando os onze livros, que se passa entre a Chama e a Trilogia dos Gêmeos. Foi a Grande Ópera que inaugurou em mim a ideia de transformar a Liga dos Corações Puros numa “grande saga”, subdividida em “pequenas sagas”.


Para encerrar...
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