Direção: David S. F. Wilson
Roteiro: Jeff Wadlow, Eric Heisserer
Autor da obra original: Kevin Van Hook
Elenco: Vin Diesel, Eiza Gonzalez, Sam Heughan,
Toby Kebbel, Guy Pearce, Lamorne Morris, Talulah Riley, Jóhannes Haukur
Jóhannesson, Siddharth Dhananjay, Alex Hernandez
Classificação:
Gênero: Ação, HQ
Gênero: Ação, HQ
Sinopse: Bloodshot é um ex-soldado com poderes
especiais: o de regeneração e a capacidade de se metamorfosear. Assassinado ao
lado da esposa, ele é ressuscitado e aprimorado com nanotecnologia,
desenvolvendo tais habilidades. Ao apagarem sua memória várias vezes, ele
finalmente descobre quem realmente é e parte em uma busca de vingança daqueles
que mataram sua família.
Resenha:
Chega aos cinemas hoje mais um filme baseado em
quadrinhos. Não, ele não é da Marvel ou da DC e sim da editora Valiant, pouco
conhecida do público brasileiro, mas que conseguiu deixar a sua marca num mundo
tão vasto quanto a das HQ’s. Com uma premissa um tanto batida, Bloodshot
encontra em Vin Diesel o protagonista perfeito para o papel do durão Ray Garrison,
um ex-soldado que depois de uma tragédia recebe habilidades especiais para
vingar a morte de sua amada. Talvez isso te lembre um pouco a origem do
Justiceiro, ou dê a vaga sensação de que este é mais um John Wick, mas
Bloodshot consegue trazer mais elementos a trama sua primariamente genérica,
deixando-a um pouco mais interessante, fugindo do título de “copia”.
A primeira coisa a ser dita é que Vin Diesel parece
escolher papeis cujos personagens são sempre os mesmos. Um cara bruto,
indestrutível, que certamente amedronta por seu tamanho, sua voz grave e seu
rosto quase inexpressível. Ray Garrison consegue se desviar disso... pelo menos
nos 10 primeiros minutos de filme. A partir daí tudo volta a ser exatamente
como sempre foi e o filme tenta se diferenciar pelo futurismo e as habilidades que
todos que participam do programa recebem. Daqueles que fazem parte da equipe, é
muito fácil simpatizar com KT, personagem de Eiza Gonzalez, não se importar com
o não explorado Tibbs (Alex Hernandez) e certamente se irritar com o – quase -
irreconhecível Sam Heughan, interpretando Jimmy Dalton, um papel que muito se
difere de Jamie Fraser em Outlander. Mas no fim, quem rouba realmente a
cena é Lamorne Morris, com o famigerado Wilfred Wigas. Qualquer coisa que eu
diga agora seria um grande spoiler, então sigamos adiante.
Uma das marcas de Bloodshot é o uso da cor
vermelha, sempre remetendo as cores dos quadrinhos e principalmente ao tom
avermelhado no peito de seu protagonista. Muito utilizada nas cenas de ação, a
escolha tem o intuito de deixar as sequencias mais caóticas e impactantes, o que
nem sempre é uma escolha bem sucedida. A causa disso é o mau uso das cenas em câmera
lenta, que em muitos momentos mais confundem do que ajudam o telespectador a
entender o que está acontecendo, mas nada que torne a experiência cansativa.
Bloodshot tem uma difícil missão: entrar em cartaz
num momento em que o mundo está fugindo de aglomerações em decorrência do Coronavírus
e lutar contra a barreira do desconhecimento da população com sua história
prévia, mas se gostar de um bom filme de ação com surpresas e reviravoltas, certamente
sairá satisfeito(a) da sala de cinema.
Boa sessão pra você
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