Crítica | A Maldição do Espelho


Título: A Maldição do Espelho
Direção: Aleksandr Domogarov
Elenco: Angelina Strechina, Tatyana Kuznetsova, Daniil Izotov
Gênero: Suspense / Terror
Nacionalidade: Rússia.
Classificação: Nenhuma descrição de foto disponível.
Sinopse: O sinistro fantasma da Rainha de Espadas está novamente sedento por sangue, e, desta vez, suas vítimas são os alunos do internato localizado numa antiga mansão, envolta em rumores sombrios. Divertindo-se com as histórias de terror sobre os assassinatos de crianças nesta casa no século XIX, os adolescentes encontram na ala abandonada do edifício um espelho misterioso coberto de desenhos misteriosos. Por diversão, os alunos iniciam diante desse espelho o ritual místico de chamar o espírito da Rainha de Espadas para realizar seus desejos mais íntimos, esperando que o fantasma os cumpra. Os jovens não sabem que suas próprias almas serão o preço a pagar por cada capricho que virá, e que a Rainha de Espadas não descansará até que conseguir todos eles.

                                                                Crítica

Para dar início a esta crítica, devemos informar-lhes que A Maldição do Espelho, trata-se da sequência de A Dama do Espelho: O Ritual das Trevas (2015), que nunca chegou aos cinemas brasileiros. Qual seria a lógica de lançar uma sequência por aqui, se não tivemos acesso ao primeiro filme? É fato que eles podem ser vistos isoladamente, porém o telespectador já entra sem encontrar uma lógica aceitável para a lenda da Rainha de Espadas. E talvez por esse motivo o filme não venha a agradar ao público, da mesma forma que não nos agradou.

Sabendo tratar-se de uma produção russa, a nossa próxima pontuação é em relação a dublagem em inglês com legendas em português. A dublagem não é expressiva, parece ser fruto apenas de uma tradução literal do que está sendo falado. Dito isto, o filme não causa emoção e/ou comoção, não há uma conexão com os sentimentos dos personagens e já começa perdendo alguns pontos por tal erro.

O filme em si é uma coleção de clichês, a começar pelos próprios personagens. Um grupo de adolescentes típicos dos retratados em filmes colegiais, que não seguem regras e sempre fazem as piores escolhas. O filme tenta justificar muitos desses comportamentos através das relações familiares desses jovens; muitos apresentam conflitos com os pais, deixando a entender que há certa negligência e abandono por partes desses pais em relação aos seus filhos, e talvez seja esse fator em comum que fazem esses cinco jovens se identificarem um com os outros, embora pareçam bastante diferentes.

No entanto suas histórias, por serem apenas pinceladas, não se mostram fortes o suficientes para criar simpatia por eles, a começar pelos dois personagens principais, os irmãos Olga (Angelina Strechina) e Artyon (Daniil Izotov). Quanto a isso o luto a respeito da morte da mãe após um acidente e a forma afeta a relação deles dois ao não saberem lidar com isso, poderia ser um ponto positivo no enredo, se fosse retratado com mais sensibilidade, emoções e até mesmo uso de metáforas. O que ocorre é certa preguiça em desenvolver mais esses sentimentos, sobretudo, quando o roteiro dá a impressão de correr contra o tempo para apresentar justificativas rasas sobre o que seria a Rainha de Espadas e a sua maldição, por exemplo.

No mais, o enredo contém quase todos os elementos comuns de filmes de terror: fantasmas vestidos de preto, rituais satânicos, bruxas, casas mal-assombradas, cenas de perseguição, bonecas demoníacas, possessões, etc. Imagine tudo isso sendo jogado de uma só vez e sem explicação? Uma verdadeira algazarra. O filme deixa muitos pontos soltos e fazem o espectador se perguntar sobre muitas coisas, além de te fazer esperar 1h30min pelo velho sustinho.

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