Crítica | 007 - Sem Tempo Para Morrer

Título: 007 - Sem Tempo para Morrer

Direção: Cary Fukunaga
Roteiro: Ian Freming, Neal Purvis, Phoebe Waller-Bridge, Ribert Wade, Scott Z. Burns 
Elenco: Daniel Craig, Léa Seydoux, Rami Malek, Ana de Armas, Lashana Lynch, Naomi Harris, Ralph Fiennes
Classificação:

Sinopse: A ajuda de James Bond (Daniel Craig) é requerida pela CIA quando a missão de resgatar um cientista sequestrado se mostra mais traiçoeira do que esperada, levando-o a uma trilha deixada por um misterioso vilão (Rami Malek), armado com uma perigosa nova tecnologia.



Crítica:

Para começar, devo dizer que não sou assim tão fã da franquia 007. Gosto de assistir aos filmes como forma de entretenimento, mas não fico ansiosa para ver cada filme que lança. Eventualmente sempre acabo assistindo, mas sempre sinto que é um pouco: mais do mesmo. Um novo vilão e o incrível James Bond o derrotando. Sou bem chata principalmente com carros voando, motos subindo paredes, milhões de tiros trocados e nenhum toca o alecrim dourado enquanto ele mata todos os inimigos (que estão usando colete) com um único tiro de pistola, usando uma blusinha colada e suspensório.

Deixando de lado tudo isso que vemos na maioria dos filmes de ação, vamos ao que interessa:

Sabemos que esse é o filme de despedida do Daniel Craig como James Bond, e nos é dado quase 3 horas de filme para que seja realmente um adeus. Achei o filme um pouco longo, mas é honrável. Acredito que por esse motivo, seja o James Bond na sua forma mais vulnerável e emotiva e Craig conseguiu nos passar exatamente esse sentimento do personagem. A vulnerabilidade de ter sido substituído e o reencontro com o passado, não só amigos, inimigos, mas amores também. Só acho que as coreografias de lutas podiam ter sido um pouco mais bem exploradas. Estou sendo cri cri? Talvez.

Ainda sobre atuações, quando vi que o Rami Malek (vencedor de melhor ator no Oscar 2019) estava no filme, fiquei bem ansiosa, pois fã (rsrs). Mas ele demora tanto tempo para aparecer, que pensei que tinha visto errado. Mas ele aparece, e sua atuação não decepciona em momento algum. Frio e calculista, Remi Malek dá a pele do novo antagonista da franquia 007, que tem suas ambições e motivos para utilizar de uma arma biológica para acabar com a humanidade, bem parecido com vejamos... Thanos em Vingadores: Guerra Infinita. Desculpa, mas eu só pensei nisso. Por fim, não sei se é porque queria vê-lo mais na tela, mas achei pouco tempo de cena para o antagonista, principalmente levando em conta o tamanho do filme.

Quero destacar também a atuação da maravilhosa da Lashana Lynch como a nova 007 após a aposentadoria de Bond, (será que eu amei uma mulher negra como a agente com mais destaque na Agencia de Inteligência Britânica?). Ela está fantástica, belíssima. Mas queria um destaque maior, inclusive mais cenas em que ela e o James Bond estivessem juntos, pois certamente formaram uma excelente dupla.

O roteiro do filme não me foi tão convincente. Não senti que foi um plano tão bem elaborado, a lá Cassino Royale, esperava um pouco mais, principalmente sendo o fim de uma era. Mas queria deixar um apreço especial para Phoebe Waller-Bridge que participou do roteiro e deixou a sua marca nas tiradas de humor. As piadas, de muito bom tom, foram o ponto alto dos diálogos.

A direção de Cary Joji Fukunaga não deixa a desejar. A sequência de cenas é muito bem elaborada e conversa bastante com a fotografia magnífica, cheia de frames que nos faz lembrar os outros filmes da franquia. Acho que isso marcou bem o objetivo de ciclo fechado.

Por fim, quero fazer um destaque pelo quesito que eu mais estava esperando: A trilha sonora. Todos os filmes da franquia do James Bond, principalmente com Daniel Craig como protagonista, nos presenteiam com uma música fantástica com uma direção de arte na abertura simplesmente fenomenal. A música da vez foi interpretada pela Billie Eilish e composta por ela e Finneas O'Connell: “No Time to Die”. Estava com expectativas altíssimas e com certeza, foram alcançadas. Senti arrepios e não consegui tirar os olhos da tela. Para mim, a melhor parte do filme.

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