Resenha: O Último Coração | Tiago Augusto Figueiredo

 

Título: O Último Coração

Autor: Tiago Augusto Figueiredo

Editora: Autografia

Sinopse: O último coração conta a história de Tom Figg, cientista que tinha um sonho e uma aspiração à vida no futuro. Ele até consegue realizar o seu grande sonho, todavia, quando alcança, percebe que ninguém mais sobrou para compartilhar suas ambições. Ele já está vivendo em outra era, a era dos robôs. Ele é o último coração a bater na Terra. Agora, ele irá compartilhar com as máquinas um pouco sobre o que ele sente, o que os homens viveram e o que eles fizeram com a sua vida.

Resenha


"O Último Coração" é um livro de ficção que nos apresenta Tom Figg, um cientista brasileiro que está trabalhando em um processo de criogenia, para preservar o corpo humano durante longos períodos de tempo. Ao realizar o seu sonho, ele não imaginaria que acabaria acordando séculos depois em uma época dominada por robôs. Em um mundo onde ele é o único ser humano, ele vai conhecer diversos humanoides, robôs que vivem em uma civilização já organizada, onde a presença de Tom levanta vários questionamentos e receios. Da mesma forma, Tom precisa lidar com o fato de que é o último ser humano do planeta, e com a história de como o seu povo chegou a isso.

"O último coração" tem o título perfeito para a história que conta, e achei a capa do livro muito bonita e delicada, mostrando a essência do livro. Quanto a história, achei a premissa muito boa, com essa ideia de uma pessoa que acorda anos depois e descobre que a raça humana sumiu do planeta, e o mundo é um lugar completamente diferente agora. Muita coisa pode ser abordada a partir disso, e daria uma história de aventura/SciFy muito boa. Mas acredito que esse não tenha sido a escolha de foco do autor aqui. A história prefere seguir mais para o lado existencial, ao levantar diálogos e questionamentos sobre como a situação chegou a esse ponto, ou o que definia a raça humana.

Nas conversas e pensamentos do protagonista e dos outros personagens com quem ele conversa, há sempre esse desejo de saber mais ou entender o que tornava o ser humano diferente dos robôs, ou quais atitudes foram responsáveis pela criação dos robôs ou a destruição dos seres humanos. Acredito que muito disso tem  relação com a própria formação do autor da obra, que é formado em filosofia. Outra coisa importante é que a sinopse do livro demora um bom tempo para realmente acontecer, existe toda uma história mostrando a evolução até o ponto em que a sinopse inicia. Mas é importante para o desenvolvimento do livro.

Esse livro é um daqueles que vai funcionar muito bem para alguns leitores, mas para outros não.  Quem gosta de uma história mais plana, sem grandes acontecimentos ou ápices de narrativa, e mais foco nas emoções e reflexões, tendo como fundo uma ficção cientifica, esse vai ser o livro. Mas para quem gosta de mais movimento, de um reviravoltas, uma missão com uma realização ao fim, esse livro já não vai funcionar. Mas o autor tem uma boa escrita e consegue envolver bem o leitor.

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