Crítica | Chamas da Vingança

 Título: Chamas da Vingança

Direção: Keith Tomas 

Roteiro: Scott Teems 

Elenco: Ryan Kiera Armstrong (‘American Horror Story: Double Feature’) e Zac Efron (‘O Rei do Show’) estrelam a produção. O elenco ainda conta com Sydney Lemmon, Gloria Reuben e Michael Greyeyes.

Sinopse: O filme conta a trama do pai Andy McGee (Zac Efron) e uma mãe, Victoria ( Sydney Lemmon) que são submetidos há um experimento via placebo e acabam por consequência desenvolvendo habilidades de telecinésia e precisam proteger a sua filha Charlie ( Ryan Kiera Armstrong) que desenvolve habilidades pirocinéticas e é sequestrada por uma agência secreta do governo que quer estudá-la e usar seus poderes como uma arma para fins militares. 

                                                       Crítica  


Confesso que a premissa do filme me chamou muito atenção, eu adoro o universo do Stephen King junto ao Kubrick sobre pessoas iluminadas, essa produção que nada mais é do que uma readaptação do King de A incendiária de 1984 (estrelada por Drew Barrymore) o diretor Kaith Thomas continuou surfando na onda de King após o sucesso de It: A coisa há alguns anos atrás, o longa infelizmente deixa a desejar em vários aspectos, perdendo de explorar um potencial gigantesco de personagens ambíguos que trazem características tanto de super-heróis quanto de vilões. 

Logo de início somos apresentados aos pais que tentam a todo custo reprimir não só os seus poderes como os da filha, o que me deixou incomodada por que quem não espera alguém te caçando quando você tem poderes magníficos? E você não treina e não usa eles pra proteção? Só, simplesmente abdica deles e reprime pra tentar viver como alguém normal? Acho que o roteiro deixa muito a desejar nesse quesito, sem falar que vê o Zac Efron de pai, foi no mínimo... Estranho, eterno Troy. 

Logo em seguida somos apresentados ao vilão, John ( Michael Greyeyes) que também possui poderes, dentre eles, ler mentes. Que é quem tem a missão de capturar a Charlie em vida para ser explorada, a ironia é que ele quebra assim que a mãe da Charlie diz que quando ele a conhecer, entenderá tudo e por que ele vai atrás dos seus e não de quem quer estudar e explorar eles, assim que ele sente o poder da Charlie o cara simplesmente quebra, perde a magia, o brilho, o que seria o toque de adelina, violência e ação do filme, é hilário presenciar como a direção te dá ganchos incríveis e simplesmente não aproveita ou acaba com eles em questão de minutos com uma cena totalmente patética.

Mas o filme não é só fiascos, a Charlie ( Ryan Kiera Armstrong) cumpre seu papel de criança esquisita e desajustada com poderes que não sabe controlar, de forma muito eficaz, traz claras referências a Carrie A estranha, com os cabelos esvoaçantes e todo o seu poder e não-domínio do fogo que a consome até certo momento, os efeitos especiais são bons para o que se propuseram, o enredo apesar de fraco, consegue entregar o que se propôs desde o início, uma história com grande potencial mas que não o explorou tanto e ficou no básico, deixando ainda sim um gancho para um próximo filme que eu espero que seja bem melhor e que de fato, explorem a idéia de pessoas normais com poderes absurdos. O filme é mediano mas bom se você quer um suspense com pitadas de terror sútil.

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