Crítica | MOONAGE DAYDREAM

 

Título: MOONAGE DAYDREAM

Direção: Brett Morgen

Roteiro: Brett Morgen

Elenco: David Bowie

Sinopse: Moonage Daydream é um documentário-concerto que segue a vida e a carreira musical de David Bowie. O filme explora a jornada criativa, musical e espiritual do artista icônico e ilumina não apenas a vida, mas também a personalidade de Bowie, que trabalhou principalmente na música e cinema - mas também explorou outras formas de arte ao longo de sua vida, incluindo dança, pintura, escultura, colagem, audiovisual, roteiro, atuação e teatro. O filme apresenta as faixas musicais e arquivos pessoais de Bowie, para criar um filme artístico.

                                                             Crítica 

Moonage Daydream não é sobre a vida do David Bowie. Meu primeiro comentário é para aqueles que talvez estejam esperando a vida contada por trás dos bastidores assim como foi (não queria dar esse exemplo, mas) Bohemian Rhapsody. É um documentário com cenas e áudios do Bowie enquanto vivo durante toda a sua trajetória na carreira da música, arte, atuação, mas principalmente musical. 

O filme é uma viagem entre as músicas, as poesias e as falas do Bowie, com uma direção de imagens fantástica. As filmagens do Bowie enquanto vivo, nas suas entrevistas, suas falas enquanto vemos cenas dos seus clipes, dos seus shows e da sua vida enquanto cantor, se encaixam tão perfeitamente. 

O Bowie foi uma figura pública fora do padrão. Se ele começasse sua carreira nos dias de hoje, ainda daria o que falar por sua maquiagem, seus figurinos, suas falas sobre sua sexualidade e sobre sua identidade de gênero, ele ainda seria criticado, apedrejado e muito julgado. Imagina nos anos 60. Mas o filme não fala sobre isso. Fala sobre exatamente quem ele foi, porque seus figurinos, porque suas falas e quem ele foi em sua essência, com quase e somente suas falas em toda a duração do documentário, ele mesmo acaba explicando tudo isso. 

O Bowie passa por uma transformação ao longo da vida. Começa sua carreira bastante colorido, extravagante, e termina sua carreira quase sempre com um terno e gravata, já sem tanta maquiagem, mais sério, mais dentro do padrão da sociedade. E a direção do filme acompanha essa mudança. Acho incrível como o filme vai amadurecendo, tanto nas falas, como na direção, na edição de imagens, assim como o Bowie, sem deixar de ser genial nem por um minuto.

Comente com o Facebook:

Nenhum comentário:

Postar um comentário