Crítica | A mulher Rei

 Título Original:The Woman King

Direção: Gina Prince-Bythewood

Elenco: Viola Davis, Jimmy OdukoyaKgomotso Moshia, John Boyega.

Gênero: Aventura épica, drama/ação.

Notinha:5/5


Sinopse:

A Mulher Rei acompanha Nanisca (Viola Davis) que foi uma comandante do exército do Reino de Daomé, um dos locais mais poderosos da África nos séculos XVII e XIX. Durante o período, o grupo militar era composto apenas por mulheres,juntas elas combateram os colonizadores franceses, tribos rivais e todos aqueles que tentaram escravizar seu povo e destruir suas terras. Conhecidas como as Amazonas Dahomey, ou Agojie o grupo foi criado por conta de sua população masculina enfrentar altas baixas na violência e guerra cada vez mais frequentes com os estados vizinhos da África Ocidental, o que levou Dahomey a ser forçado a dar anualmente escravos do sexo masculino, particularmente ao Império Oyo, que usou isso para troca de mercadorias como parte do crescente fenômeno do comércio de escravos na África Ocidental durante a Era dos Descobrimentos, o que fez com que mulheres fosse alistadas para o combate.


CRÍTICA


Esse é o tipo de filme que vemos de um em um milhão, digo de cara isso a você caro leitor (a) e digo com pesar mas esse momento é pra gente celebrar!

Pois para esse filme sair do papel certamente foram necessárias muitas investidas, pessoas envolvidas e outras questões de bastidores que a gente público de fora não tem acesso de certo pra saber os detalhes. O que é óbvio se a gente gosta de cinema e repara um pouquinho é o quão raro é um filme de hollywood ter orçamento proporcional aos típicos blockbusters do qual estamos acostumado, mas com uma história e elenco 100% negro? Quão recorrente é isso? Tá bom, temos o espetacular e marcante "Pantera Negra" de poucos anos antes mas e nos últimos 20 anos quantos temos? Creio que nenhum, e o motivo todo mundo já conhece, tem diretamente com o nosso conhecido e familiar racismo estrutural mas chega de militar vou falar do filme porque além de algo inédito e pouco visto, é também sobre uma história africana, feminina e baseada em fatos reais onde temos a incrível, talentosíssima e agora praticamente brasileira Viola Davis no que parece ser mesmo o papel da sua vida, pelo qual sofreu uma grande transformação física inclusive.

É um drama épico cheio de cenas de ação, luta corporal e ótimas atuações o elenco inteiro foi muito bem selecionado e estão atuando numa sintonia que dá gosto de assistir, me senti tão envolvida com a jornada dos personagens, com os dilemas que eles enfrentam e ao mesmo tempo reunindo informações que previamente eu já tinha com esse periodo da história, é desafiador porque estudamos e aprendemos tão pouco sobre o continente africano. Tem algo muito forte sobre tecnologias ancestrais, inteligência que veio ao mundo antes do homem branco se apropriar e dizer que era seu, está tudo lá nas entrelinhas da história maior.

Grande acerto nesse momento recebermos um filme tão importante e que nos reafirma a potência negra que se tem lá fora no mundo das artes, que nos serve aqui no Brasil pra ajudar a gente a fazer isso pelo nosso país tão pretinho e ainda carente desse tipo de incentivo.

Filmaço pra cinéfilo nenhum botar feito tem roteiro fascinante, história envolvente, com atores de primeira qualidade, cenários reais pois foi filmado em África e ainda tem cena pós-créditos portanto ao acabar aguardem um pouquinho tá?


                                           Boa sessão!

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